sexta-feira, 21 de outubro de 2022
O que você tem feito com sua amargura? Importante é a gente não se tornar igual a aquele que julgamos ser nosso inimigo.A amargura traz infelicidade.Estamos todos cansados, com dor na coluna.Batalha cansa.A briga externa, exaure.A luta interna, adoece.Estou exausta, mas remando com os dois braços. Precisamos ter sabedoria para não nos matar antes do tempo.Tenho estado vigilante.Sinto falta de alegria. Pequena que seja.Miudinha, vai...Aquele sentimento de alguma vitória. Eu me agarro as alegriazinhas do dia a dia feito criança que segura o paninho e a chupeta pra não abrir o berreiro.Essa semana terminei quadro, limpei a geladeira, emagreci 900 gramas, organizei as tintas, cortei a unha, fui educada com as pessoas e até dei um jeito no jardim.Com o peso do mundo, me seguro nas minhas verdades do mesmo jeito que seguro naquele pano para subir e fazer qualquer mera acrobacia no ar.Num caí, sucesso!Fiz a 30 cm do chão, mas fiz.A verdade é que tá bem fácil despencar.A amargura é um fel que nos envenena a cada gole, a cada tragada.Não percebemos e muitas vezes, nossa penúria é tão alarmante, que confundimos com prazer.Quando eu percebo que entrei na penumbra eu faço de conta que sou minha mãe e conto histórias para mim.Penso como é triste estar numa cama de hospital lutando pela vida.Logo, penso e faço a conclusão:Melhor remar com os dois braços e seja o que Deus quiser.Não tenho quem me acuda.Sou eu e o alto.Na travessia, não estou esperando o vento favorável. Numa dessa a embarcação pode virar.O momento é de turbulência em terra, mar e ar.Tô me segurando com a poesia, a arte, os bichos, algum bom senso, um tanto de lucidez e um fio de esperança. Vivi Ame...Viviane Mendes
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