segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Eu nunca quis ter filhos.Me lembro que de criança, por volta dos 5 anos de idade, uma amiguinha falou:-'' ...vamos brincar de boneca?''Eu falei que num queria....me lembro da cara da amiguinha indagando minha recusa.Falei que gostava de brincar com bicho.Ela perguntou se eu não queria casar e ter filho....eu respondi que não queria casar.Queria ter marido e bicho!!!Meu desejo se cumpriu fielmente.Valha me Deus...Eu não tenho muita afinidade com criança.Num tenho jeito...sei lá.Elas me olham meio estranho.E...num é por ser criança que eu acho bonitinha e engraçadinha.Tem criança feia, chata e tonta.Como tem gente grande, cachorro, véio, piriquito, pernilongo...que é feio, chato e tonto.Eu, tem dia que sou mais chata do que tonta.Tem dia que mais feia do que chata...e segue o baile.Mas...preciso dizer:Pernilongo é chato o tempo tonto.Entretanto, tem criança que me atrai.Como é o caso da Valentina.Gosto do nome.O semblante me desafia.Ela é serena, contemplativa...e desconfio que no alto do seu um ano e meio de vida, que ela pensa....eu pensava.E lembro dos meus pensamentos.Sa minina num tem riso frouxo.Ela é seletiva nas brincadeiras.Na semana passada que estive na praia pude observar essa criatura.O povo, eu levei nas coxa.Ia dum assunto comum prum cotidiano habitual.Num inovei...e pouco me mostrei.Penso que me acharam ''meio estranha'' com meu papo de sereia prálá, sereia prácá.Foram gentis nos comentários.A mais difícil de conquistar foi ela, a valente.Acho que ela era a única que sabia com quem estava lidando.Percebi que a mesma dificuldade de aproximação que eu tinha, ela também tinha.Descobri que eramos parecidas.Vivíamos num universo paralelo que muitas vezes era mais atrativo do que o da maioria das pessoas.Vi ela dançar uma música da Madona com tanta entrega que disfarcei os olhos marejados de emoção.Senti inveja porque quando eu era criança eu era muito triste, travada, complexada e desengonçada.A Valentina me superou no quesito produção moda/praia.Cada biquini, maiô com babado, vestido com estampas que saiam do hábitue infantil.Olha, que eu mando bem nos visual...No fim, fomos nos aproximando, lentamente...e de maneira autêntica fomos nos revelando uma para outra.Ela apendeu falar meu nome.Me chama de Vivi.Eu percebi que fiquei paquerando a criança...o tempo todo!...fazia tempo que eu num paquerava escondido.Vivi Ame...Viviane Mendes

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