segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Dessa vez a torre num viu minha cara.Apresento um pouco do lado B de Paris.Barcos, bares flutuantes, street art, gansos, cervejaria, por do sol cinematográfico. Conversa boa.Luz de outono para aquecer os olhos.Um pouco dessa cidade além do turismo.O ar estava fresco.Frio....sempre frio.Aqui neste local....sem muita gente, a vida respirava tranquilamente.Fui numa cervejaria que eu amei.Um cardápio respeitoso com clientes vegetarianos e veganos.Pela primeira vez eu vi um cardápio aqui na França considerando a existencia de veganos....e olha que eu tenho visto cardápio ultimamente. Quase um mês longe de casa.....fui em tantos banheiros diferentes.Cada banheiro dava um texto.Em cada rosto eu via uma história.Os semblantes dos desconhecidos uma poesia a se escrever.O colorido das roupas um quadro a se pintar.Tenho amigos aqui.E....interessante observar que a conversa engata e flui.Sem lapso temporal.Sem melindres.As trocas sinceras deixam pegadas.Uma trilha aberta para a gente ser e se mostrar como é. Esqueci que sou uma mera turista.Sem necessidade de fotografar a famosa torre.Me peguei interessada no cotidiano.Nos cogumelos das quitandas. E nas farmácias que colocam em condições de igualdade os medicamentos alopaticos, fitoterápicos, antroposóficos e homeopatia por todo lado.Muitos florais.Muita aromaterapia.Tudo disponível. Na realidade eu nunca fui deslumbrada por Paris.Está é a quarta vez que estou aqui.Tenho me interessado muito pela história da revolução francesa.Cada vez cresce mais em mim a vontade de voltar e desbravar o interior da França. Acho que este país tem um papel importante em muitas questões cruciais do mundo.Em termos de política, arte e religião. Eu fico querendo entender a vida.Tenho um profundo interesse no modo de pensar das pessoas.Principalmente em quem pensa diferente de mim.Na compreensão do outro eu me encontro.Agradeço a muitos desconhecidos que tiveram boa vontade em entender o que eu não sei falar.Até um cara que nos serviu ontem num bar e que não quis cobrar porque gosta de brasileiros.A vida são as pessoas e suas relações. A vida é para onde direcionamos nosso olhar.A vida é como lidamos com nossas dores.A vida é do tamanho do coração de cada um.Podemos nos doar ou pedir.Isso nos coloca na posição de reis ou de mendigos. Esses papéis se invertem no decorrer da vida.A vida tem seus reverterios. O repertório de nossa existência é vasto.Estive em muitos castelos....Muitas catedrais.....E tudo isso para terminar dizendo que:Nosso palácio é o momento presente....e nosso altar é o coração. Ele é um asilo.Um asilo inviolável.Viviane Mendes.

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