terça-feira, 2 de outubro de 2018

Abençoados os descabelados com o pé encharcado!
Gosto de gente viva.
Gosto de gente morta também.
A única exigência é eu saber que o vivo, tá vivo.
...e o morto. tá morto.
Tem uns morto vivo por aí.
Esse tipo me confunde.
Gosto de gente vulnerável.
Os morto vivo num são vulneráveis.
Eles não se dão, nem pra dor e muito menos para o amor.
Muitos desfilam por aí...
Não alteram o tom de voz.
Tudo arrumadinho, não tem um fio de cabelo fora do lugar, o salto do sapato nunca tá lascado, e num botam a cara na rua se num tiver com prime.
Parece que tão no caixão.
Protegidos da chuva, do sol e do vento.
Eles se protegem deles mesmos.
Trancam o coração da mesma maneira que trancam a casa.
Com a ilusão da proteção.
Eu gosto de gente.
Gente que sente...
Gente que se entrega.
Gente que casa.
Gente que descasa.
Gente que se joga no chão de felicidade.
Gente que se taca no asfalto e chora.
Gente que bebe para celebrar.
Gente que bebe para esquecer.
Gente intensa.
Gente que transborda.
O resto é gente morta.
Mortos para o amor.
Refém das aparências...
Escravos do juízo.
Estão mortos, para eles a vida é um eterno cativeiro.
Para viver um grande amor, é necessário um coração do tamanho da liberdade.
Viver um grande amor é para gente viva!!!
Viviane Mendes

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