sábado, 30 de outubro de 2021

Eu funciono bem.
Desde que não me mandem " beijos de luz"
Dispenso ser tratada como anjo.
Quando alguém que não tem nenhuma intimidade comigo me chama de "minha amiga", eu dou um pulinho pro lado.
Eu funciono no modo avançado. 
Tipo assim, sendo.
E não parecendo.
Nunca tive atração por competições. 
Abro mão de querer ganhar o título de aprovada na sociedade, ou pós graduada em filantropia.
Só quero verdade.
...inclusive as indigestas. 

Eu funciono cheia de imperfeições. 
E agradeço meus complexos de inferioridade. 
Eles me auxiliam a não escorregar no ego.
Aqui é terra batida.
...é céu pra conquistar todo santo dia.
Meu coração tem vaga especial.
Não é ir chegando e estacionar.
Eu mesma, preciso manobrar para descansar em mim.
Vivi Ame...Viviane Mendes

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Num dormi direito essa noite.Tonteira minha.O posto fica 2 quarteirões da minha casa.E eu, com medo do moço num vim aqui com a gasolina.Eu num sei por gasolina no carro.Tive a capacidade de ir no posto com minhas 2 cachorras, assim eu não teria como carregar o galão. Deu certo.Um golpe bem dado.O moço veio.As vira lata adoraram passeio.Decidi dar um corre no dia.Fui lá no centro da cidade arrumar a porta do carro.2 horas pra ficar pronto serviço...Fui dar meu rolê a pé. Bem...as calçadas, é tudo ruim, esburacada.Fácil de cair.Andei.Entrei numa loja de produtos para festa.Gente...isso é um universo paralelo. Deu fome.Pedi recomendação pra moça da loja.Ela:-Vai aqui do lado.VOCÊ NÃO VAI SE ARREPENDER!Fui.Restaurante simplão.Sem carne, o prato, para servir à vontade, deiz merreis.Feijão espetacular. Os legumes cozidos no ponto.Tudo limpo e muito bem organizado. Comi com gosto.Entrei numa loja que vende tranqueiras.Tocando um Zé Ramalho dus bons.O moço inteirinho tatuado que me atendeu, fino, elegante, sereno, atendimento de primeiro mundo.Reparei em tudo.Espiei o mundo com lupa.Peguei o carro e subi pra zona sul.Daí parei numa sorveteira "afamada" na cidade....pareço minha avó falando.Bem, nada demais, mas, considerando que eu tomo sorvete a cada 2 anos, achei digno de nota.E continuei, nessa toada, querendo resolver a vida num dia.Fui comprar comida vegana.Noraqueu vi tava na loja do lado comprando um cortador de unha bom.Falei pra moça bom, com ênfase. E que queria uma acetona boa.Boa, com ênfase também. Ela olhou minha unha e perguntou se eu mexia com terra.Expliquei que era tinta. Conversei com muita gente.As pessoas foram todas muito gentil.É isso, sinto vitória quando o dia funciona.Tou a fim de coisa boa por perto....dando embora coisa quebrada e sem utilidade.E gente que funciona?Olha eu encontrei um monte de ser humano útil, gentil, prestativo, bem humorado.E eu, comecei o dia querendo dar o golpe das mãos ocupadas.Cê vê, num dormi pensando que eu num sei por gasolina no carro!É. ..querido diário, preciso arrumar outro drama para perder o sono.Vivi Ame. ..Viviane Mendes

Num dormi direito essa noite.
Tonteira minha.
O posto fica 2 quarteirões da minha casa.
E eu, com medo do moço num vim aqui com a gasolina.

Eu num sei por gasolina no carro.

Tive a  capacidade de ir no posto com minhas 2 cachorras, assim eu não teria como carregar o galão. 
Deu certo.
Um golpe bem dado.
O moço veio.
As vira lata adoraram passeio.

Decidi dar um corre no dia.
Fui lá no centro da cidade arrumar a porta do carro.
2 horas pra ficar pronto serviço...
Fui dar meu rolê a pé. 
Bem...as calçadas, é tudo ruim, esburacada.
Fácil de cair.
Andei.
Entrei numa loja de produtos para festa.
Gente...isso é um universo paralelo. 
Deu fome.
Pedi recomendação pra moça da loja.
Ela:
-Vai aqui do lado.
VOCÊ NÃO VAI SE ARREPENDER!
Fui.
Restaurante simplão.
Sem carne, o prato, para servir à vontade, deiz merreis.
Feijão espetacular. 
Os legumes cozidos no ponto.
Tudo limpo e muito bem organizado. 
Comi com gosto.

Entrei numa loja que vende tranqueiras.
Tocando um Zé Ramalho dus bons.
O moço inteirinho tatuado que me atendeu, fino, elegante, sereno, atendimento de primeiro mundo.
Reparei em tudo.
Espiei o mundo com lupa.

Peguei o carro e subi pra zona sul.
Daí parei numa sorveteira "afamada" na cidade.
...pareço minha avó falando.
Bem, nada demais, mas, considerando que eu tomo sorvete a cada 2 anos, achei digno de nota.

E continuei, nessa toada, querendo resolver a vida num dia.
Fui comprar comida vegana.
Noraqueu vi tava na loja do lado comprando um cortador de unha bom.
Falei pra moça bom, com ênfase. 
E que queria uma acetona boa.
Boa, com ênfase também. 
Ela olhou minha unha e perguntou se eu mexia com terra.
Expliquei que era tinta.

 Conversei com muita gente.
As pessoas foram todas muito gentil.
É isso, sinto vitória quando o dia funciona.
Tou a fim de coisa boa por perto.
...dando embora coisa quebrada e sem utilidade.
E gente que funciona?
Olha eu encontrei um monte de ser humano útil,  gentil, prestativo, bem humorado.
E eu, comecei o dia querendo dar o golpe das mãos ocupadas.

Cê vê, num dormi pensando que eu num sei por gasolina no carro!

É. ..querido diário, preciso arrumar outro drama para perder o sono.
Vivi Ame. ..Viviane Mendes

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Quase chorei de nervoso. 
Na verdade chorei uma lágrima,  com vergonha. 
Eu tava na cozinha picando abóbora cabotian.
Dura.
Essa abóbora, é dura!!!!
Minhas facas, tudo sem corte.
Minha rinite atacada.
Uma mão na faca, a outra coçando o nariz.
O gato mimado no chão, miando para eu adivinhar qual sabor de sachê ele queria. 
Junto com isso, descascando alho com minha faca ruim pracaralho.
Eis que tive a brilhante idéia:
Pegar o resto da pipoca que sobrou de ontem e dar pras rolinhas e pombinhas do telhado.
Mas....como sou uma pessoa maravilhosa,  resolvi diminuir o tamanho da pipoca para ficar mais confortável para o bico delas.
Peguei o mixer para bater pipoca.
Conclusão:
Nevou na cozinha inteira.
Tipo bolinha de isopor.
Meu....que nervo!!!
Voaram pra cima da geladeira.
No chão. 
Na louça que eu tinha acabado de lavar.
Pasmem, descobri todas teias de aranha da cozinha....a pipoca ficou grudada na teia.
Se alguém quiser brincar de nevar na cozinha, a dica tá dada.
Chama as crianças, e seja feliz!
E sabe de uma coisa?
Eu continuei...lavei pra tirar o sal, arrumei tudo certinho, botei no telhado, e....e....NINGUÉM  comeu.
Elas num gostam de pipoca.
Vivi Ame, Viviane Mendes

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Que cor era a calcinha?

Calcinhas Kely
Não deforma.
A loja se situava na rua Joaquim da Silva Martha, 
16 -48, aqui na cidade de Bauru.

ABRI O SAQUINHO.
Dentro dele, muito bem dobrado e arrumadinho todos os telegramas recebidos no casamento.
Dentro de uma embalagem de guardar calcinha.
Coincidência?
Ou memórias calientes da tal calcinha?
Eu faria igual minha mãe. 
...ia guardar o saquinho.

Achei o bilhete da Air France.
Foi sozinha. 
Antes de eu nascer.
O plano era morar em Paris.
Veio aqui pra acertar umas coisas.
Conheceu meu pai, engravidou.
Guardou tudo que lembrava a viagem, e que se Deus quisesse, um dia ia voltar.

Deus não quis. 

Como uma relíquia guardou a carta de um Cônsul avisando que a frasqueira perdida no aeroporto foi encontrada.
Na lista consta o diploma da Sorbonne.
A carta é de 1970.

Fico aqui pensando...
Na família do meu pai e da minha mãe. 
A minha família paterna era exibida.
Tudo tonto.
Meu avô tinha melhorado de vida.
Presidente do Rotary.
Diretor do banco Mercantil.
Meus tios e tias tudo deslumbrado. 

Meu pai não. 
Ele era diferente.

Eu escutava a família de Bauru, tirando sarro da família de Timburi. 
Falavam que no dia do casamento tinha um penico no banheiro.
Aqueles penico de Ágata.
...e tinha mesmo.
Eu lembro dele.
Diziam que eles, caipiras, não tinha modos.
Assim, tipo, modo de gente metida.
Num tinham mesmo.
Eram tudo uns caiporas.
Trabalho duro.
Fazendeiro mas com serviço de roça. 
Cidade muito pequena.

Minha mãe era diferente. 

Foi estudar na França. 
Ainda bem que eles se encontraram. 

Ele era diferente. 
Ela era diferente.
Eu nasci de um encontro de iguais.

A cor da calcinha eu nunca vou saber.
Talvez ela usou no dia que engravidou. 
Os telegramas guardados desejando felicidades aos nubentes, ficaram intactos, guardados dentro de  saquinho de plástico de calcinha.

Li todos.
As palavras custavam caro no telegrama.

Pensando aqui, foi um casamento feliz.
Um enlace matrimonial abençoado. 
Curto.
Intenso.
Trágico pela morte prematura do meu pai.
...e pela vida que minha teve que engolir.

Sou fruto disso.
Uma fruta que não nasceu em árvore genealógica. 
Nasci, quem sabe, no momento que ela tirou essa calcinha.
Sou o resultado de um encontro. 
E encontro de alma é celebração. 

Hoje revirei esse passado, serenamente. 
Por volta das 16 horas, chuva fina lá fora.
Acho que eles, Ciro e Elenice, que se casaram no dia 25 de julho na resistência da noiva,  
Rua da Paz, 364 com penico no banheiro tão aqui do meu lado, rindo.

Sobrevivi.
Vivi Ame...Viviane Mendes

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

ALERTA:
Conteúdo adulto, quase pornográfico.

Vai vendo...conhecem o batom do beijo?

Fui no shopping comprar um gloss.

...tava com receio de escrever esse texto e parecer fútil num dia tão triste como hoje.
Famílias desabrigadas, alagamento, muito sofrimento.
Sei que sou privilegiada.
Aqui tem uma ou outra goteira.
Vou dormir como uma rainha na minha cama.
Mas, minha alma sente a dor de toda gente.

Enfim, satisfação dada, vamos ao gloss:

Uma amiga me disse, ''a gente que é morena, lava o cabelo, bota um vestido decotado, passa um gloss....e phááá.''
Corpão, cabelão, bocão !!!
Fica um tesão.
FUI COMPRAR O TAL DO GLOSS.
Num dia de chuva como hoje, no shopping, só quem nasceu princesa.
Não é meu caso.
TAVA NA FISSURA DO GLOSS.
...nunca usei isso.
Gosto de batom efeito mate.
Entrei em todas as lojas, eis o resultado:
Me ofereceram o transparente, o com glitter, o colorido e com ácido hialurônico.
Experimentei tudo que eu tinha direito e mais um pouco.
Com glitter parecia que eu tinha comido bolo de pobre, cheeeeio de glacê melecado.
O colorido, me senti donzela demais, quase uma virgem com lábios de mel.
O com ácido hialurônico, queridinho das vendedoras, promete aumentar a boca e diminuir os risquinhos dos lábios, o problema é o pinicamento.
O mundo para e você só sente a boca, seu corpo se resume na boca, como se uma abelha tivesse ferroado seus lábios.
Cara, num dou conta!
A moça disse que passa, mais isso num é pra mim.
Enfim, entrei na ''Quem disse Berenice?''
O nome me atrai, minha mãe se chamava Elenice.
Eis que eu conheci o batom do beijo.
EXPERIMENTEI.

Gente, eu NUUUNCA vi algo parecido.

Você passa o batom e sente um tipo de álcool  que faz ele secar na boca IMEDIATAMENTE.
Daí passa, um tipo de gloss fixador.
FHUDEU!!!!!

Ele fixa na boca feito praga de mãe.
A moça me deu lencinho umedecido, nem a pau juvenal.

Me deu demaquilante bifásico.
NADA.
Bateu desespero.
Falei ''moçadocéu''
E ela:
Esse produto é muito bom!

-EU QUERO TIRAR!!!!

Peguei algodão e esfreguei a boca como se eu estivesse polindo um corcel 73.
Juro, fiquei impressionada.
A moça dizia:
-...é bom pra beijar, num sai.
Eu:
-BEIJAR????
Minha filha, issaqui dá pra dar banho de língua no Tony Ramos, da cabeça aos pés.
Dá pra chupar caroço de manga.
Dá pra comer milho na espiga.
Dá pra dar..........a noite inteira, e sabosta num sai da boca!

Olha, eu esfreguei tanto, mais tanto minha boca.
Tipo quiném lavadeira esfregando pandichão de madame.

Minha boca tá inchada feito o efeito do ácido hialurônico.
Quase esfolada!

No fim, comprei um gloss de 20 real.
....só porque ele era gostosinho  na boca.

Macio.

A gente envelhece e só quer conforto.

Tá dado o recado.
Vivi Ame