Muito se tem falado em tristeza, depressão e isso nos mata lentamente.
Algumas vezes estamos imersos em eventos envolvendo dramas pessoais.
Outras vezes, sofremos na expectativa de que a solução do mundo esteja nas mãos dos governantes.
E outras, vezes...nada está acontecendo.
E a tristeza se instala.
Como se ela fosse necessária para percebermos a vida.
Tantos entretenimentos existem para driblar esse estado de melancolia, remédios, drogas, e até um misticismo desenfreado a procura de cura espiritual.
Tudo é válido.
Mas...existe um tempo que nos chama para um regresso em algum ponto que a gente se perdeu.
Por mais que sejamos alegres e bem resolvidos, existe um grito silencioso.
Tentamos abafar com o travesseiro ou com o som alto da televisão.
Entretanto, nada nunca calará esse som.
...é a nossa insatisfação com as coisas da matéria.
Temos medo.
Medo de ficar velhos solitários e dependentes.
No fim, é isso.
Cuidamos de tudo e queremos eternizar nossa passagem.
O sofrimento vem do desejo do impossível.
Só nos resta investir na ARTE.
A arte de nos amar, apesar de tudo.
A arte que num quadro ou numa poesia nos coloque de volta ao eixo.
A arte de se estar presente mesmo querendo desaparecer do mundo.
Arte, não é o que está confinado em galeria e museus.
Aquilo é grito.
Grito de artista.
Todo mundo, um dia vai se render a arte...quando perceber que até com comida se pinta um colorido na vida.
Arte, é harmonia.
Arte, é o que nos proporciona a contemplação serena e instigante que nos faz pensar:
-Como pode?
-Parar tudo...e com batata, quiabo e feijão, no chão, escrever amor?
TUDO deve ter amor.
...até na tristeza pela incerteza da vida.
Não adianta fugir.
Nós temos fome.
Fome de arte, de amor e de harmonia.
Um dia vamos desaparecer da matéria.
Por essas e outras, eu pinto e celebro as desimportâncias.
Vivi Ame...Viviane Mendes
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