Estou no shopping esperando para começar a feira de orgânicos que acontece no estacionamento.
Almocei com fome.
Por mim, eu repetia o prato.
Mas ...manter a silhueta ainda me causa mais prazer que o paladar.
Almocei vendo mães e avós passeando em carrinhos do Mickey com seus filhos.
A mãe filmava com o celular a avó sexagenária com o neto....imaginei que ia enviar para o pai.
Na entrada da loja de esportes, um casal titubeante resolve entrar.
Fiquei imaginando que eles resolveram começar junto alguma atividade física.
Entro numas 3 lojas, nada me agrada.
A moda não me convence.
Parei para um café...em plena segunda e converso comigo mesma que isso não pecado.
Eu posso e ninguém vai me despedir por isso.
Agora aqui na minha frente, uma reunião de 3 homens, na faixa dos cinqüenta.
Inevitavelmente, ouço um deles dizer que está estressado...pressão alta, que não aguenta mais o emprego .
Me pareceu que ele quer convidar os outros dois para abrir um negócio.
Fiquei imaginando...
Do meu lado direito, dois senhores, aparentemente aposentados conversam sobre o calor...
E eu escuto a ligação para o pintor recomendando dar 3 demão de tinta amarela na parede.
...Fiquei imaginando a casa do homi.
Imagino tanto de tudo que parece que a vida é estranha.
Tão estranha que a gente nem repara porque se acostuma.
Passa uma mulher chamando o filho que corre com uma bola de sorvete.
...quase caindo.
Ela grita:
- Cleyson...volta aqui!
O moleque sumiu e a mãe foi na captura.
Fico imaginando se a bola de sorvete de morango foi pro chão...será?
Vou pagar esse café é fazer minha sacolinha de orgânicos para a semana.
Até que enfim eu parei de imaginar...
Pelo menos a imaginação é di grátis .
Se pagasse eu tava frita.
Frita, quiném a coxinha que a Dayanne passou comendo agora do meu lado.
A mãe falou:
- Dayanne, mastiga devagar.
Eu fiquei imaginando que era Dayanne com y e com dois enes.
Vivi Ame....Viviane Mendes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário