Tem horas que eu fico pensando que a gente é tudo besta.
A gente fica aqui no face olhando a vida dozotro.
Que propósito tem isso?
Tem dias que eu me questiono muito...
O feed de notícias é uma praça pública.
A gente desfila para chamar a atenção, mostrar a roupa nova, paquerar, compartilhar alguma boa ideia e até desabafar.
Tem hora que eu acho tão estranho esse negócio...e pior, eu deixei me pegar.
São nossos interesses privados expostos numa avenida de mão dupla.
Esse trem é viciante...e a vida inteligente que existe dentro de mim, fica martelando:
Como? Porquê? Eu fico abismada com as pessoas e comigo mesma.
Eu vivia sem face...só tenho 2 anos de rede social.
Eu me consolo dizendo para mim mesma:
O mundo mudou, hoje é raro a pessoa bater aqui para ver os quadros, ela me pede as fotos das obras disponíveis.
Eu vendi quadros por aqui, na comodidade desse teclado.
Achei cachorro e dono de cachorro perdido...
Em alguns momentos encontrei postagem que eram as palavrinhas mágicas que eu precisava ouvir.
Mas...por qual motivo eu escrevo?
Fico pensando...será que interessa a alguém?
Além de mim mesma?
Pensamentos, devaneios, conjecturas de uma artista...
Ficar aqui, compartilhando minhas impressões e ''achismos'' da vida.
Será que serve para alguém?
Talvez meus textos sirvam de companhia para quem pensa igual, ou sirva de reflexão para quem sinta muito diferente.
Mas...de tudo...de tudo, o que importa é SENTIR.
E esse sentir é uma ponte invisível que nos liga.
A gente pode sentir escondido dentro de uma trincheira, protegido de julgamentos, de críticas e de inveja.
Essa trincheira muitas vezes é um fake.
Tem gente que tem a pachorra de ler todos meus textos e nunca apertar o botão de curtir, pra num me dá moral.
Ou pra disfarçar, e não demonstrar que perde tempo com facebook.
Mas...dentro da trincheira a gente fica encarcerado em si mesmo.
Tudo fica maior do que é.
A gente hiperdimensiona a batalha.
A ponte nos permite seguir, muitas vezes não sabemos o que vamos encontrar do outro lado...mas a vida é um constante seguir em frente.
Na trincheira a gente pode não levar tiro, mas esse buraco cavado na terra pode acabar se fechando e morreremos soterrados pela ''proteção''.
Sabe aquele papo de que casa limpa demais, sem sujeira, desinfetada pelo álcool, sem pelo de bicho causa enfraquecimento da imunidade? Então?
Daí...tenho outra questão:
Público só o texto, ou ilustro com uma foto?
O apelo visual...o próprio nome diz...''apelo''.
Sim...eu rezo, eu rogo, imploro, ajoelho...e apelo se preciso for.
Viviane Mendes
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