Foi nesse dia que conheci a flor de primavera...
Hoje tenho uma enorme na porta de entrada da minha casa.
De lá para cá, muita coisa rolou.
A primavera ficou.
Minha mãe se foi.
De tudo, quando penso neste tempo que estive com ela, me sinto grata a TODAS as vezes que em TODA situação ela me ajudava a perceber minha parcela de culpa.
Isso foi fundamental para eu me tornar uma adulta consciente e responsável.
Eu, desde de pequena sabia que eu não ia ter filhos...
Tenho uma saúde uterina perfeita.
Porém eu nunca tive vontade de parir.
Entretanto, a maternidade sempre esteve em mim.
O espírito cuidador, acolhedor sempre se manifestou em relação aos idosos, doentes, carentes, seja humano ou animal.
Com ou sem laços sanguíneos compreendi que somos filhos do mesmo criador.
Sendo assim a fraternidade sempre foi uma realidade na minha vida.
Aprendi a lição da primavera:
Olho para cima e vejo suas flores presas aos galhos.
Olho para baixo e varro as flores que caíram.
A vida é isso...depende do nosso olhar.
Tudo se vai e se esvai com o tempo.
A essência permanece.
Quem nasceu para dar flor, como a primavera, tem seus espinhos.
Eles são necessários..............para evitar que roubemos todas suas flores.
Minha mãe nunca me mimou...só me ensinou.
Acho que é por isso que tenho ojeriza a adultos mimados e imaturos.
Eu ainda estranho esse mundo de declarações virtuais para mãe que já é uma folha seca varrida do chão.
Eu escrevo porque essa foi minha lição.
A mãe que tive vive em mim.
Os ensinamentos são as flores que lhes ofereço em formas de palavras.
Viviane Mendes, filha da Elenice.
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