Nhenhenhe...num sei que lá.
E a gente passa a vida, disfarçando.
Medimos, cortamos e enganamos.
Ahhh....se a gente pudesse jogar a toalha!
Mostrar a alma nua e crua...
E gritar:
-Quer ficar, quer entrar sou assim!
Mas não, a gente prefere comer assado.
De preferência bem temperado.
Carne crua é coisa de canibal.
Somos civilizados, educados e bem comportados.
Eu não sei, acho que não tem jeito.
A gente fica maquiando a cara, a palavra, a relação e a intenção.
E depois exige do outro a sinceridade.
Cobramos honestidade.
Mas...lá no fundo, dispensamos as verdades.
Até porque a verdade é uma vaidade unilateral.
Rogamos a praga, e depois ajoelhamos.
O que vai sobrar no final de nós mesmos?
Pai do céu...nos proteja de nossos julgamentos, perdoe nossas condenações e nos traga a luz.
Na claridade conseguimos olhar nossas faltas, defeitos e manejos inadequados.
A luz mostra o caos.
Quem é quem.
Que gosto a carne tem.
Quem tem sentimento e quem coleciona ressentimentos.
A luz, a lucidez...mostra onde precisa de limpeza.
E só num solo limpo poderemos caminhar em direção ao divino.
Todo passo deverá ser sagrado.
Viviane Mendes
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