Esse é o carrinho de recicláveis do Seu Domingos.
Eu ia fotografar ele...mas fiqueu com vergonha de pedir...e pior de explicar meus porquês.
O texto me veio na mente com uma velocidade de psicografia e a poesia era descabida.
Nessa rua desfilava um homem solitário ostentando o material arrecadado.
Um armário de ferro enorme...talvez aço.
E na rabeira uma bolsinha de também de metal...minúscula.
Um retrato dos contrastes...
O armário preenchia todo carrinho...e fazia Seu Domingos parar para tomar fôlego.
A bolsinha ia balançando no ar...levinha.
Os dois eram motivos de orgulho para ele.
Seu Domingos me falou que ia vender para arrecadar um dinheiro.
...a bolsinha dourada ele achou bonitinha e pegou do lixo.
Ela brilhava como um sol iluminando a aspereza e a dureza da vida.
E tanto a bolsa como o armário servem para guardar coisas...
Inclusive o carrinho do Seu Domingos....carregavas as coisas de guardarem as coisas.
E eu guardei no olhar:
Os contrastes ...de tudo que eu via.
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