Aconteceu um negócio e eu fiquei muito feliz.
Olha só, pensa comigo:
Hoje fui na clínica que eu levava o Pirata.
Eu ia TODOS os dias levar ele para tomar soro.
Isso rolou durante uns 2 meses...
Três, quatro, cinco horas por dia.
Insuficiência renal épácabá cá vida da gente.
Azuréia e creatinina subino...
Rapaiz....só quem passou por isso sabe do que estou falando.
imaginem eu chegando lá, sem ele.
O choro travado na goela.
Fui com o lencinho que ele usava no pescoço, no meu pescoço.
...lencinho preto, cheio de caveirinha prateada.
Mas...putz, leia o texto até o final.
Neste tempo conheci uma cachorra que foi abandonada lá na clínica, a bicha tinha sido atropelada, a Dra fez trocentas cirurgias...ela ficou boa, mas ficou com sequela...num segura o xixi.
Por conta disso...ninguém quis adotar.
Um dia fiz uma foto com ela...
Se chama Branca.
Postei no face, e pedi para a querida Márcia Duran do JC por no jornal.
Quiquiconteceu?
Uma mulher ligou...interessada.
A Dra falava da deficiência da cachorra e a mulher não se importava.
Hoje fui com a Dra Maria Isabel Garib levar a Branca na casa da Dona Lucinéia.
Que alegria...tinha outros cachorros...tinha quintal...tinha o amor.
A Dra falava da pata meio torta...do xixi...
Teve uma hora que a mulher falou assim:
- Queque tem? A gente não sabe o que vai acontecer com a gente, né?
Eu fiquei tão feliz...a Branca fez umas gracinhas nos pés da Dra. e foi deitar no tapetinho da porta da Dona Lucinéia.
Saímos com o sentimento de gratidão dessa cachorra que foi rejeitada e que vivia sozinha e triste.
Eu...ganhei o dia.
Antes do Pirata morrer eu pude me despedir como manda o figurino.
Disse para ele que eu ia continuar ajudando os cachorrinhos...
Ele foi de primeira classe.
Foi amado.
Teve gente que me vendo no chão...horas e horas dizia que ele teve sorte.
Não tivemos sorte.
Nem eu e nem ele.
Tivemos merecimento de alma que possibilitou esse encontro.
Ele foi o AMIGO que eu precisava.
O melhor de todos.
Vivi Ame....Viviane Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário