Sobre uma conversa que rolou ontem dinoitinha no portão:1-Com quantas pessoas a gente convive, pessoas que sabem tim tim por tim tim da nossa vida, mas desconhecem completamente os anseios de nossa alma?2-Quem nos deixa saudade e quem não faz falta nenhuma?3-Quem de alguma forma colaborou na nossa jornada evolutiva?( mesmo causando dor)4- Sabemos quem gosta da gente?...será?5- Quem ama não precisa dizer, todo ato, todo gesto, todo olhar é uma declaração.6- O amor é uma atitude auto explicativa.Olha...eu passei a régua.Posso lhes dizer:Adote um cão de rua.E...cuide dos seus afetos.Estar perto é estar ao alcance da alma do outro.Estar ao lado...até minha xícara de porcelana azul, cheia de café é capaz.

Vai vendo...............................................Eu tenho um gato com necessidades especiais.Ele tem dificuldade para comer, para andar e para se lamber.Todo dia eu pego um algodão umedecido e limpo os olhos dele.Hoje eu passei um produto de fazer banho a seco nos pelos, passei pano umedecido, escovei.Interessante...eles sentem que estão sendo bem cuidados.Me olham com gratidão.Aproveitei e dei o tal banho seco nos cachorros também.Escovei todos, limpei as orelhas e não encontrei nem sinal de pulga e carrapato.Eu elogiava eles, dizendo que o pelo estava macio e sempre reparando no olhar deles.Interessante...todos gostam de sentir especiais e merecedores.Até um gato preto meu que é arisco ficou olhando, e pelos olhos eu percebi que ele queria ser escovado.Passei o dia assim...nesse cuidado e atenção com eles.Interessante...quando alguém nos elogia, nos presenteia ou nos faz um mimo qualquer isso proporciona um sentimento de acolhimento, de aconchego e de bem estar.Nos sentimos aceitos.Digo aceitos porque todos nós carregamos traumas, rejeições e complexos na nossa vida adulta.Nos comportamos como doutores da verdade e da alegria.Mas no fundo somos todos carentes de afeto.Afeto desinteressado.Fico pensando da onde surgiu essa nossa agressividade.Nos comportamos com indiferença em relação aos outros.Temos a empáfia como virtude.Convivemos com pessoas próximas e muitas vezes cultivamos a distância.Chego a conclusão que não somos muito diferente do meu gato com necessidades especiais.Queremos ser escovados...mas a condição de ser humano nos fez mestres na arte do disfarce e da simulação.No fundo...a gente só quer que o outro se importe.Sobre o outro se importar...nada nos resta a fazer.Cada um oferece de si o cuidado que tem consigo próprio.E muitas vezes, o outro vive numa penúria afetiva muito bem maquiada.Viviane Mendes

Gente felizinha demais num vai no meu rolê.Hoje, eu acho quase impossível se relacionar com uma pessoa sem estar em condição de igualdade.O que mais equaliza essa balança é o sofrimento.A dor emocional ou física nos bate feito aqueles martelinhos de madeira usado para amaciar a carne. Percebo que as pessoas se tornam mais empáticas e compassivas no sentido raiz da palavra.Claro que existem as almas que mergulham no lodo e ficam com a visão turva para enxergar a vida.Existe a galera da pantera cor de rosa da nova era.Esses falam em compaixão, gratidão, no sentido ''nutella'' da palavra.Na pratica, desconhecem a cor da dor do outro.Nem sonham...e não fazem por mal.Esses são filé mignon preparado pela empregada, pelos pais ou pela vida.Particularmente, eu acho gente felizinha demais muito chata.Não dá para conversar e descer abismos.Desconhecem o mergulho e a ausência de tubo de oxigênio.E, aqui meus brothers, antes que algum profissional da área dos ''namastê'' se manifeste, não se trata de culto ao sofrimento.Muito pelo contrário.Percebo, que muitas pessoas são leves e sem identificação com o drama, justamente por ter adquirido uma forja no espírito.Obvio que os trocentos mil tipos de terapias existentes podem cumprir seu papel e ajudar aquele que pode pagar pela ajuda.E também respeito os que não querem ajuda nenhuma porque descobrem que a dor muitas vezes é um buraco escuro...e pior, confortável.A gente se protege feito um bicho da seda.Os felizinhos são fake.São frágeis demais.A felicidade existe.Desde quê:Não sejam contrariados em suas aspirações, projeções e expectativas.Os amaciados pela dor são acostumados com tsunamis internos e nem ligam quando a vida vira a cara.Essa gente ri com a barriga.Reconhecem a perfeição do mundo, mesmo com que foi lhes arrancado a fórceps ou extirpado sem anestesia.Essa gente é solta e leve.Soltou a vítima e cresceu.Cresceu emocionalmente.Experimenta ferir uma criança felizinha procê ver o que vai acontecer.O amaciado pela dor, se a vida fizer cara feia der as costas para seus desejos, espera a vida se distrair...e passa a mão na bunda dela.O felizinho, encarcerado em si, corre contar pro pai que perdeu a bola no jogo.Vivi Ame

-E aí?-Levou o cachorro no veterinário?Então...ele foi atropelado mais já está bom.''Só urinou um pouco de sangue...mas tá bom.''Eu:-Bom??? Urinando sangue???''Ele tá bom...eu num tenho dinheiro pro veterinário, ela também não.''Continua.....''Mas eu amo passarinho......um dia caiu um no quintal, eu catei e coloquei em cima do muro, mais tava um sol de rachar e matou ele, coitadinho!''Continua...''Cachorro eu tinha um perdigueiro ele ia caçar comigo...tempo bom aquele.''''Eu gostava de caçar''.Continua......''Adoro ir pescar....vou sempre, mas não como peixe, detesto peixe.''Eu:-Mas porque pescar?''Pra dar prozotro.''Sempre, sempre, dizendo que gosta bicho....E...que eu estou certa, a gente num deve comer os bichinhos.Olha........Eu ainda não aprendi sobre a maneira do ser humano expressar seu amor.A pessoa que eu citei, é uma boa pessoa.Mas......isso revela tanto sobre nós mesmos.O que é ser bom?Fico me perguntando..........Acho que a consciência plena das consequências de nossos atos é o primeiro passo para aprendermos sobre o AMOR.O resto é só inconsciência..........ilusões.Além das ilusões........Respeito é respeitar o ponto de vista alheio.Cada um tem uma maneira de ser e de agir.Compaixão, muitas vezes é, sobretudo, respeitar o limite e a dor do próximo.Estamos aqui para ajudar os outros....e permitir que os outros nos ajudem.Podemos escolher dar ou cobrar.Podemos partir ou ficar.A estrada é longa e o caminho é curto.O resto é poeira, purpurina e confete.Viviane Mendes

Não vejo nenhum problema em levantar bandeira.... fazemos isso o tempo todo.A tragédia é a competição por qual bandeira é maior ou qual bandeira está mais alta.O complexo de inferioridade é uma doença crônica.Queremos subir na escada para a bandeira ser vista.A queda é inevitável.O complexo de inferioridade aliado a ignorância nos atrasa o passo como humanidade.A ignorância muitas vezes é soberba, e daí meu irmão, vai aprender de que jeito?Inda bem que tem uma meia duzia que largaram mão da bandeira e ocuparam as mãos com livros e marretas quebrando muros da inconsciência.Todos somos ignorantes.Sempre desconhecemos algo.Bendito o ignorante que ao invés de bater o pé, diz: - Eu num sei.E, que tem disponibilidade e humildade para pesquisar e aprender.Temos livros.Temos internet.Entendo que hoje, a grande maioria é mais interessado na velocidade da internet do que na quantidade e qualidade de livros.Fico estarrecida com a preguiça de dar uma puladinha pro gugou, para verificar fontes, ler opiniões, averiguar e confrontar opiniões.Assim caminha a humanidade, fake news se cria mais que o mosquito da dengue.E, lembrem-se:Tudo está muito rápido.A ciência, as pesquisas e as experiências já não são as mesmas que na época de nossos pais.Viviane Mendes

Deixei o lençol esticadíssimo quiném hotel 5 estrela.Ajeitei oztrabisseiro quiném sifala na roça.Dei meia duzia de passo, nora que eu vejo, tava assim.Dei um grito cos cachorro:-Cêis quévê eu muntá na camioneta e sumi?Tão tudo cazoreia baxa.Mas...como eu num sou de nada, já tô alisando e falando que pode bagunçar de novo...queu num vou embora não.Eu rumo a cama quantas vezes for preciso.

Subi a rua procurando a marcenaria do Seu Samuel....lá, entre gatos e madeiras explico o que preciso.O homem num me dá muita bola e sugere que eu procure um serralheiro.Mas... -O senhor trabalha com madeira... -Eu tô enjoado de trabalhar com madeira.-Tá, mas eu quero de madeira.-Vai demorar...-Quando?-Semana que vem.-Ahhh....tudo bem.-Sobre o pé da bancada, se fosse o senhor faria de pinus ou cedrilho?-Eu, faria de alumínio.Bem...orçamento dado, medidas resolvidas, material aprovado....MAS...O SENHOR NÃO VAI ANOTAR NADA?????-O senhor num vai anotar as medidas??????-Não.-Nem meu nome, nem meu telefone?-Não....eu guardo tudo no intestino.!!!!!!!!!!!!!!!( mandou eu ir buscar no final da semana que vem)Fui fotografar o gato.-Gatinho do senhor?-Tudo de rua.Catou o pote de ração, chacoalhou e veio mais um punhado....mandei castrar tudo (falou com voz baixa)Francamente?Achei se homi interessante.Samuel, no final da rua Amor Perfeito.

O mundo está dividido em dois grupos.Os filhos de mãe morta e os de mãe viva.Eu pertenço ao primeiro grupo.A vantagem é que já sei como é. Agora aqui assistindo a belíssima interpretação de Regina Casé em Amor de mãe, percebo que os filhos que enterram a mãe, nascem novamente.São paridos por uma dor que dá a luz do lado do avesso:Perdem o endereço da casa da mãe. Eu me lembro de todos os tons e nuances desse parto que parte a gente no meio e nos faz perder o rumo, pois não existe mais o destinatário. A gente vira remetente para o resto da vida.Se você sabe sobre o idioma que eu estou falando, e quiser me contar...O que você estava fazendo no exato momento que sua mãe estava morrendo?Eu, estava brincando no jardim do hospital.Em todo canto tem um quintal.Desse sal, eu já comi.Por isso escrevi.Vivi.Se você está no segundo grupo, apenas ...Ame.E cuide do seu amor.Você ainda tem o endereço. Vivi Ame

Escutei um gato miar.Levantei de madrugada...Nada de mais.Tudo certo.Tudo muito certo.Percebi que eu tinha me religado.Ontem passei o dia inteirinho procurando uma tomada.Uma tomada para encaixar meu peso, meu desejo, meu medo, meu eu vazio.Na minha casa não encontro essa tomada.Ela não existe.Tem dias que o peso das mortes pesa sobre nós.O ar fica pesado.A lua, quase cheia, parece que pesa.Acho que ela vai despencar do céu feito banana madura.Ontem lavei todos tapetes da casa.Limpei como se a vida dependesse disso.Ao cuidar do chão, ouço o pulsar da terra.E ela pergunta:O que faz sentido para seu coração?Dormi no chá de lavanda.Cuidei dos pés.São eles que pisam descalsos nos meus tapetes.Fiquei com medo de meus pés sujos de realidade contaminar meus tapetes imaculados.Para mim, eles são sagrados.Talvez você não acredite.Mas...Meu chão é coberto por tapetes voadores.Vivi Ame...Viviane Mendes.

Escutei um gato miar.Levantei de madrugada...Nada de mais.Tudo certo.Tudo muito certo.Percebi que eu tinha me religado.Ontem passei o dia inteirinho procurando uma tomada.Uma tomada para encaixar meu peso, meu desejo, meu medo, meu eu vazio.Na minha casa não encontro essa tomada.Ela não existe.Tem dias que o peso das mortes pesa sobre nós.O ar fica pesado.A lua, quase cheia, parece que pesa.Acho que ela vai despencar do céu feito banana madura.Ontem lavei todos tapetes da casa.Limpei como se a vida dependesse disso.Ao cuidar do chão, ouço o pulsar da terra.E ela pergunta:O que faz sentido para seu coração?Dormi no chá de lavanda.Cuidei dos pés.São eles que pisam descalsos nos meus tapetes.Fiquei com medo de meus pés sujos de realidade contaminar meus tapetes imaculados.Para mim, eles são sagrados.Talvez você não acredite.Mas...Meu chão é coberto por tapetes voadores.Vivi Ame...Viviane Mendes.

A chuva cai, de maneira ininterrupta.Cai fininha e com força.Cai gostosa.Invade a terra, banhando as folhas.O cheiro do ar sopra uma brisa de aconchego.Sinto o aroma do café recém preparado.Vesti um agasalho.Me senti uma semente, agasalhada pela terra.E com o banho da chuva, uma imensa vontade de brotar.Um acordar macio e amoroso, como um parto sem dor.Abri as janelas.Fazia tempo que eu não via uma chuva assim, serena.As últimas chuvas estavam iradas...armadas com ventos e trovões.Parece que a chuva esqueceu como é que se chovia.Hoje, eu senti a chuva sendo apenas chuva.E me senti, semente.Inocente...Vivi Ame....Viviane Mendes

Por 25 reais:( leia até a parte do aspirador de pó)Para tentar entender o mundo, comprei essa revista de 27 de fevereiro de 1954.Nessa quarta feira de cinzas onde a chuva acentuou o tom de cinza, abri um vinho.Tinha a esperança de encontrar um texto escrito por meu pai, me contaram que vezinquando meu pai escrevia pressa revista.Arrisquei pela capa, mas...seria uma sorte lascada.Não foi o caso.Entretanto estou lendo matérias incríveis.Tem fotos absurdamente belas de índios desfilando no carnaval....mas ainda não fiz a leitura.Como quem só folheia uma revista esperando a chuva passar, o que posso lhes informar:* O sabonete Gessy, prometia embelezar e perfumar.* Nescafé, já existia.* O ron Merino, dizia ser um bar completo na sua casa.* Tinha um sal de uvas chamado PICOT.* Tem anúncio da B.O.A.C para voar para qualquer parte do mundo!*Talco Palmolive, ''tão fino e suave que flutua no ar''* Desodorante TYPON, ''o alíado invisível''* O sabonete LUX, dizia que era bom pra lavar meias finas.( Comprei hoje uma meia calça, o sabonete Lux, compro amanhã)* Batom cintilantee indelével PEGGY SAGE(O que é indelével: adj. Que não pode ser apagado)*Aspirador de pó Arno que ''faz em poucos minutos o trabalho de muitas horas''Bem, me lembrei duma parente tonta que me contou que quando casou, toda se achando moderninha mandou o seguinte recado para os Rotaryanos.Na ocasião meu avô era presidente do Rotary e quando tinha casamento na família de algum rotaryano eles se juntavam e davam um ''bom presente''Geralmente cristal da Bohemia, mas...a moderninha do meu causo disse que que queria aspirador de pó da Arno.E eu me lembro do raio desse aspirador.Barulhento e sem potência.Ouvi tanto sobre o arrependimento pela escolha...Ahhhh....os cristais da Bohemia,símbolos de status, opulência, charme e sofisticação.Lembro que minha mãe ganhou uma bomboniere do tal cristal quando ela se casou com meu pai.Era a peça mais chic da casa, e um pesadelo na minha vida.Uma casa simples sem dinheiro para bombons e eu desde criança fazendo faxina ao som da voz militar da dona Elenice:-SE QUEBRAR ESSE CRISTAL VAI ACONTECER UMA GUERRA NESSA CASA !!!Eu, humirde, limpava quela bosta de cristal tremendo de medo.Deu certo.Não quebrei.Minha mãe morreu.Catei a bosta do cristal e trouxe qui pro meu cafofo.Nem sei por qual motivo, talvez por culto ao medo.Eis que num belo dia foi pro chão.-Uau....me livrei da bosta?Nananinanão!!!!!Guardei a tampa da bagaça.Praquê?-Pra guardar uma memória do medo de quebrar a bosta.Declaro que amanhã dou fim nessa tampa.Pelamordedeus!!!O culto ao medo regaça ca vida.E a ficha caiu por conta do aspirador de pó da Arno.E eu nem cheguei na metade da revista...Vivi Ame

Deixa eu falar rapidinho, eu estou atrasada preciso sair para resolver umas questões.Ela arrumou tudo numa caixa de papelão e mandou me entregar.Eu sei como essa pitaya tava alta na árvore.Talvez ela tenha mandado as duas únicas para mim.Talvez...E esse talvez, me emociona.Tava precisando de alimento.Não de comida.Me chegou como remédio.Espremi meio limão na salada de rúcula e a outra metade num copo de cerveja.Esquentei o arroz e o feijão preto.Taquei pimenta.Tem dias, tem pessoas, tem situações que abalam nosso psicológico.Mas...quando a gente entrega a vida para nosso EU interno, além de nossas vaidades, de nossa frágil personalidade, a vida se encarrega de um poder divino:Assim...presente no portão!Comi essa fruta macia como se cada minúscula sementinha fosse uma pepita de ouro.E ouro, eu não cobiço.Ouro, eu respeito.Vivi Ame...Viviane Mendes.

Tem muita gente ruim no mundo.Com K, e com o resto do alfabeto todinho.Independente da idade, da classe social, da cor, do talento...sabe, tem gente que não dá conta de se perceber.Eu conheci gente mentirosa, aproveitadora, cruel, manipuladora e muita gente " muito certinha e boazinha"Esses...foram os piores.A bem da verdade, essas pessoas não tem espelho.Passam a vida acreditando que o mundo é torto.Apenas ela é certa.E são covardes.Meu Deus como são covardes!!!São capazes de te cancelar e ainda te desejar por escrito, publicamente, uma mensagem fofa, cheia de luz.Tem gente que é tão covarde, que num presta nem pra pedir desculpa.Eu detesto gente covarde.Algumas vezes eu olho para algum velhinho na rua...Sou inundada de sentimentos.Reparo nas mãos trêmulas.Cabelo ralo...branquinho.Rosto todo marcado pelo tempo....e todas as limitações da idade.Como essas limitações doem, né?Mas....Muitos desses foram assediadores inescrupulosos, envenenaram gatos, bateram na mulher, estupraram a enteada, chutaram o cachorro...e...vão a missa.Vão a missa...todo domingo.E ainda fazem rodízio da Santa.Comem orgânicos.Falam de Deus.Como essa gente, covarde tem necessidade de banalizar a palavra.Tenho medos na vida, como todo mundo.Mas, tenho pavor de vender uma imagem que não me represente.De todas minhas contas, boletos e faturas...Pago com gosto SER.E não parecer ser.Ser bom ou ser ruim, não é a questão.Todos nós oscilamos nesse pêndulo existêncial.O xis da questão é mais que a letra K.O fio começa lááá....na letra A.E...de vilão, o covarde veste a frágil carapuça da vítima.Eu num passo pano.Tem sujeira que num presta esconder.A limpeza, a cura, a cirurgia, o tratamento, terapia ou até o descarrego precisa ser feito.Tem gente que é mar de lama.Arrasta, destrói e mata emocionalmente todo aquele que estiver na sua rota.Vivi Ame...Viviane Mendes.

Andar armado com suas verdades pode ser o caminho...Sempre com humildade e reverenciando o Cristo interno. Já fiz pactos de sangue com plantas....acordos secretos para elas com sua infinita sabedoria assoprarem conselhos no meu ouvido.Já dormi com pedras, não no sentido de dureza, mas de confiança em suas propriedades medicinais.Mas...os animais.....o que dizer?Agradeço, diariamente a oportunidade de viver cercada por eles.São almas companheiras em todos os momentos.Pena que tem gente que desconhece esse sentimento.Minhas certezas são poucas.Sei o que me faz bem....e o que não faz.No meio disso selo meu livre arbítrio e ajoelho para as vontades do destino.Dou meia volta...e sei voltar.Assumo os erros e tiro a média com os acertos.Duvidando das aparências para não determinar sentenças.... fiz meu caminho.E de tudo, sou grata por meus merecimentos.Na coragem, na fé, no riso, na compaixão, na cura e no amor.......essa é a minha estrada principal.O resto são vicinais, esburacadas e sem sinalização.Sigamos o coração!...para não nos perder de nós mesmos.

Reflexão das 08:28 min.Intuição não tem explicação.Vem do coração.Julgamento vem da mente...o que é bem diferente.Estou interessada em me aperfeiçoar e comprometida com o que propago ao mundo.Eu sinto, e sei.Além do que é visto e dito.Eu habito um lugar chamado AGORA....até tirarmos o entulho e o mato, não percebemos como é bom a casa arejada.Que o sol invada as janelas.Que a luz do céu seja meu guia...sempre.Assim sigo na coerência que me sustenta....e todos os equívocos estão fora daqui.Estão na caçamba. Viviane Mendes

Fique atento com essa emboscada:Você pode ser professor, policial, artista, engenheiro...Pode ser padre, político, ou comerciante.Pode ter diploma ou pode não ter nem o primário.Pode ser dona de casa, ou dona do seu nariz.Pode ser apenas um voluntário de qualquer causa...Ou um Zé Ninguém da causa nenhuma.Somos apenas aprendizes!!!Nosso orgulho, vaidade ou soberba nos transporta para o jardim da infância.Há de se ficar atento...as provas são sutis.Tudo é muito sutil.Escorregamos...e despencamos da escada da evolução.Viviane Mendes

O vírus tá de parabéns!!!Eu tenho comigo que daqui pá diante, é para os fortes.No rítmo da vacina?Com esse governo?Com as novas variantes?Sinceramente?Acho bom a gente se tornar mutante.Quando eu digo fortes, são os fortes de espírito.Sabe fortaleza interior que permite obedecer protocolos de saúde sem achar que são maricas ou que sucumbiram ao medo e caíram na frequência do vírus?Gente forte, é uma mutaçäo genética que permite sobreviver no isolamento sem abandonar a coletividade.Desconheço algo mais ardiloso que esse vírus.E eu, tolinha, que achava que seria a mudança do eixo planetário!...bem, ainda não descarto essa possibilidade.Tem chão pela frente.Daqui pra diante, mores, nóis que lute pra encontrar nosso próprio eixo e ainda assim fazer a engrenagem funcionar.Cuide de sua lubrificação interna.A frequência do vírus não se mede com a abertura do nosso compasso.Atualize seus prazeres.Reveja seus pactos.O vírus, na vidinha dele, tá se saindo muito bem.Ele se adapta.Segue sobrevivendo...num tá nem aí para o nosso achismo quântico.Sinto muito....A coisa vai longe.Num dá nem pra respirar entre uma onda e outra.Vivi Ame...Viviane Mendes.

Minha maior dificuldade é com a civilização.Queria morar na selva.Ter como meio de locomoção um cavalo branco.Queria ser amiga da onça...e eu seria.Eu não seria a bruxa que me sinto ao aspirar as aranhas da minha casa com aspirador de pó.Nem aquela que precisa podar as plantas que estão invadindo a casa.Ia viver sem espelhos que denunciassem o quão relapsa eu sou, eu não iria tingir meus cabelos.Sem combinar roupas...andaria com meus trapinhos.Um fogão á lenha...e disposição!Mas, não.Estou aqui no conforto da modernidade escrevendo textão.O modus operandi do mundo me assusta.Mas estou aqui, bela e formosa tomando meu campari.Fiz limpeza de pele...coisa rara para quem não passa um hidratante na cara.E, pasmem!Marquei com um dentista uma limpeza.Pra quem malemá escova os dentes.Olha, sou uma artista falando:-Eu não ia ter quadros nas paredes...Mas ia ter um pavão no quintal.Só pra morrer de tesão quando ele abrisse a cauda em leque.Ahhhh....muleque!!!... eu não ia ter talão de cheque.Eu ia...só ser...um pouco mais serelepe!

O cachorro do pedinte da porta do banco:Eu tenho no carro sacos pequenos de ração que eu entrego para os cães dos andarilhos.E uma cesta básica para entregar para alguém que precisar.Eu tenho olho de cirurgião para essas situações.Esse cachorro estava super bem cuidado, de coleira, rolando na grama e com semblante de felicidade.Eu entreguei o saquinho de ração e entrei no banco.Sabe, não importa a situação do cachorro, ou da pessoa.O que importa sou eu.Se escuto ou não o que toca meu coração.Escrevendo esse texto, alguns insights:Está tudo certo, e na mais perfeita ordem!Eu tinha que estar apartada de quem não compartilha da mesma frequência que estou.Acho muito desgastante nas relações seres que não comungam dos mesmos sentimentos, ações e pensamentos.Para andar junto é necessário estar pelo menos na mesma velocidade.Relacionar-se é dançar.para acertar a coreografia, é necessário pelo menos ouvir a mesma melodia.Apesar de tudo...o Universo conspira a nosso favor.Sou extremamente grata a todos que estiveram em minha vida.São meus grandes amigos espirituais.Me deram a tesoura para que eu fizesse os cortes necessários...Com uma agulha e linha fina, eu posso bordar no coração deles:AMOR e GRATIDÃO....sou livre para o exercício do propósito de meu espirito. Vivi Ame...................Viviane Mendes

Isso é importantíssimo.20/02/2020Verdade seja dita:Hoje é um dia bonito.Eu sou condenada feito alma penada a vagar pelos meus pensamentos.Penso no número alinhado.Separo o vestido que está descosturado.Invisto num amor inventado.Assumo meu cabelo desalinhado.Me incomoda meu guarda roupa desarrumado.Ainda sirvo naquele jeans remendado.Apesar de ter pouco desenhado, muito tenho pensado.Das roupas que lavei, não esfreguei.Elas carregam marcas por onde andei....e vestígios do que amei.Para alguns, pouco falei.Para muitos, me calei.Na vida, tropecei.Mas, entre o número 0 e o número 2, nada deixo pra depois.A vida acontece no número um.O primeiro passo que nos faz mudar uma direção.Vocês já pensaram nisso?Vocês tem certeza do caminho que estão ?...principalmente a rota dos pensamentos.O que aplaudimos em silêncio tem paralelo com o que condenamos aos berros?Nosso discurso mental nos absolve?Somos todos refugiados de nossas cicatrizes.Algumas ainda sangram como crateras...E por conta delas a gente expele um conteúdo inflamado que nunca foi curado.Na pele lisa e macia, dispenso a aridez do deserto.No gemido, a carne se mostra viva, seja na dor ou no prazer.isso é viver.E num dia tão bonito como hoje, foi tudo que eu consegui escrever.Vivi Ame

VINGANÇA - quem nunca?Quem somos nós, na real?Então...eu sou intensa, visceral, profunda, melancolicamente tonta, rasa nas borda e ácida na poesia.Sou chata, posso se um xarope, ou um purgante.Sou eu, nem boa, nem santa.Sou criança, pego implicância, e gosto de vingança.Sim...não vou mentir.Quem não sente a escória das emoções não esta vivo.Lá nas dobrinhas do intestino, eu bato palmas.Porém, isso é mais grosso que o intestino grosso e mais tosco que o que tem dentro!Eu reconheço.Assumo.Tem várias maneiras de se declarar isso.Tipo: '' Não desejo mal, desejo reciprocidade''Ou: '' A lei do retorno é implacável''''Aqui se faz, aqui se paga''A gente disfarça, ''mais nóis que vê o fiadaputasefudê''.Porém, nóis paga de bão.A gente fala:''Reze pro seu inimigo''Tá bão então... Cêis são tudo bão.Eu sou fia do capiroto.A questão é que a nossa natureza exige um resgate.Estamos em construção.O ideal é olhar para a pessoa ou para a situação com neutralidade.Eu me surpreendo quando consigo.Sinto liberdade.Existem uma infinidade de situações que não vou discorrer aqui.Merecimento, carma, perdão, superação....e por ai vai.A dor é de quem tem.E, minha gente, quem apanha é que lembra, né?Mas, a vida segue.A gente se supera, se cura, lambe as feridas, e de repente percebe que até a cicatriz sumiu.Isso é viver em comunhão com a vida.Permitir naturalmente o esquecimento.Olhar com neutralidade.A vingança é débil.O que acontecer com o outro não deve interferir em nós.Sem mágoas, sem rancores, sem julgamentos, sem animosidades.Penso que a receita para isso é saber com quem estamos lidando....e estou falando de nós mesmos.Não é do outro.A gente só evolui, se a gente souber onde está.Tem momentos que eu vivo transitando dentro do intestino delgado.Penso merda, falo merda e sinto merda.O intestino está dentro de mim, mas eu escolho não viver dentro dele.A neutralidade de uma mente lúcida é o caminho para voar em esferas rarefeitas.Quero morar no meu coração.O caminho está dentro de nós, e cabe a nós escolher onde repousar.Viviane Mendes

...quando me perguntam da onde eu tiro minha criatividade. ... eu tiro do koo.Ou:Existe uma receita para a criatividade, nela reside a coragem em assumir as incertezas.Em todo ato, o amor.Em toda relação, o amor.,Em toda palavra o amor.Mesmo que o outro não saiba, o amor é a única garantia.O resto é arte e poesia....e é isso que vale a pena:A energia que promove encontros do pincel com a tinta, sem saber o resultado do quadro.A intuição é a bússola. Estar vivo e permitir as manifestações da vida.Sem se refugiar em experiências de dor e sem naufragar em expectativas. Quero autonomia de voo.Ir e ter um lugar seguro para pousar em mim.Só assim saberei sobre o segredo das estrelas.Reconhecer o que é direito adquirido, sem advérbios, sem verbos e em conjecturas.Tudo que é nosso, não precisa ser conquistado.A coragem é pai e mãe. A serenidade é uma cama de lençol branco.As cores e formas tem o poder de excitar o não manifesto.Toda tela em branco é uma pessoa que eu nunca vi na vida e não sei por onde começar um assunto.Vivi Ame.

Desejo a morte dessas pessoas:Convivi com pessoas mimadas, imaturas, ensimesmadas, sem traços de empatia e sem compaixão.Convivi com mentirosos, covardes, dissimulados e indiferentes.E, foi fácil de lidar, num foi difícil não...Quando eu convivia eu não via.O coração não sentia.Para mim, eles não eram difíceis.Só descobri pela sensação de repulsa.O sentimento é o pior dos argumentos.Não se prova, não se mostra, não se explica.A pessoa mais difícil que eu lido, sou eu.Me conheço bem...e tenho que me virar, afinal de contas, vou morrer comigo mesma.O que eu praguejo ou desejo é o mais óbvio das obviedades da vida:Cada um que morra consigo próprio!Morra no ego e renasça no AMOR.O amor incondicional, que acolhe e não julga.Nesse amor inexiste mentira, indiferença, soberba ou falsidade.Desejo a morte do ego.Desejo que caminhem pelo mundo sem se identificar com o mundo.Desejo que se amem, e que sejam amados.O amor incondicional é a maturidade da alma.O resto é mixaria...são caras e bocas vazias.Aprendi onde pisar.Continuo andando descalça pela vida...o que é de mim, não será o outro que vai por fim.Vivi Ame....Viviane Mendes

Na função crédito do cartão:Comprei agrião. Fiz pão. Cozinhei feijão. Temperei com manjericão. Fiz carinho no cão. Tenho muita noção das coisas.Poucas coisas me interessam.Das que interessam, tem que ter emoção. Assim, apesar da razão, só ouço meu coração. O resto pago à vista e a cores.Só faço parcelas futuras dos sonhos e desejos que não cabem no presente.O agora costuma transbordar...Vivi Ame

Uma cliente encomendou um quadro.Me levou para conhecer o lugar.Vai me pagar, sem saber o que vai receber.MEU TRABALHO:Eu preciso ler.Ler de olhos fechados.A cliente encomendou um quadro.Eu devo pintar algo que não existe.Preciso ouvir.Ouvir o que a parede quer de mim....escuto sons sem palavras.Ouço um canto...longe.Não identifico a melodia....mas os acordes conhecem meu diapasão.Quando eu recebo um encomenda, eu preciso viajar para um lugar.Um lugar que eu ainda não fui.Preciso mergulhar sem escafandro.E sentir...tudo.Ninguém precisa de um quadro.As pessoas precisam repousar em si mesmas.Para isso, eu tenho que cavucar no desconhecido.Em algum lugar do mundo há de haver um canto para mim.Um lugar ...que caia no meu colo feito fruta madura no meio de tanto verde.Um lugar que acolha minha alma.E que entre eu e o lugar, não exista nenhuma fresta.Nenhuma.Apenas reconciliação.E que eu deite no chão sem mais nada.Nenhum medo.Nenhuma razão.Apenas as batidas do meu coração.Sem nenhuma ilusão.Só um transbordar dos meus silêncios contemplativos.E que neste lugar, eu nunca precise de um motivo.Realidades são auto explicativas.Abandonando todas minhas técnicas...eu trabalho com alma.Assim eu encontro o lugar que me leva e que me encontra.Só assim poderei criar um quadro.Ele já esta pronto.Minha parte é ler o idioma cósmico que traduz cores e formas no pincel...Vivi Ame...Viviane Mendes.

...muita gente casa, descasa, enterra mãe, tem filho, adota cachorro.Muita gente muda o corte de cabelo, muda a linguagem, muda os condicionamentos.Mas...tem gente que não muda nada.O tempo passa e a vida fica estacionada.Nos mesmos costumes, nas mesmas respostas. nos mesmos hábitos.Acho uma tragédia.A vida morna é um cozimento em banho maria.Uma água que não queima, que não ferve, que demora uma eternidade para evaporar.Não se adquire muita experiência...Como dirigir um carro automático.O carro até estaciona sozinho.Essas pessoas desconhecem o prazer de se contorcer para fazer uma boa baliza.O coração acelerado, uma marcha ré.Uma freada...Um avanço.Uma raspadinha no carro da frente.Um pedido de desculpa.A vida pede movimento.Não de quadris, muito menos de movimentos repetitivos.A vida clama por contorcionismos de alma.Penso que sem coragem e sem humildade, ficamos feitos os manequins das vitrines.O rosto cheio de botox.O figurino impecável.,,,mas sem nenhum assunto que valha a pena.Nem chora pelos dramas.Nem comemora as vitórias....mas, as unhas estão sempre impecáveis.Eu penso que é extremamente necessário, não ficar a deriva de nossas emoções.Vivi Ame.............Viviane Mendes

O desapego e as despedidas são fundamentais para seguirmos com a bagagem mais leve.Carregamos fardos emocionais desnecessários.Existem lugares, pessoas e situações que nos prendem...são amarras invisíveis que nos acorrentam ao passado.E...em algum momento tropeçamos e desarquivamos o arquivo morto do passado.Precisamos descobrir que arquivo morto, tá morto.Nada mais será como foi um dia.Os lugares e as paisagens não são nada sem vínculo emocional.O nosso formal de partilha é desapegar de nossos mortos e nos despedir de caminhos tortos.Desapegar...inclusive de nossas razões.A razão é herdeira da mente.A nossa herança pode ser a esperança de enterrar a todo momento...tudo que não cabe mais em nossa vida.E que sobreviva e floresça apenas o que gerou sementes e não as raízes escuras que nos prendem como uma âncora.Ancorar é uma arte.Que sejamos bons velejadores, aproveitando os ventos que sopram de nossos corações.Viviane Mendes

SE EU FOSSE EU...Eu publicaria essa foto.Se eu fosse eu, eu pensaria dane-se as críticas.As favas com os julgamentos.Eu me construí.Não sou um esboço de gente que se esconde de medo do julgamento do patrão, da sociedade, dos amigos e do marido.Não descanso na sombra de uma igreja.Meu corpo é meu templo.Eu sou o que sou.Quando eu não passava de um rascunho de gente, eu era refém.Passei da fase de querer conquistar, de querer impressionar.Hoje, eu penso que quando morrer, quero me sentir digna de ter existido.Se eu fosse eu...manteria a cabeça erguida, a alma de joelhos e a dignidade até o fim de meus dias.Se eu fosse eu, continuaria como sou.Restrita a mim mesma...com a conta corrente descoberta e a alma sempre aberta.Seria o que fui.Pedi desculpas algumas vezes...Não abaixei a cabeça para nenhuma pseudo autoridade.A postura?Está além do alcance de seus olhos.A vaidade?Sou viva de sentir e de permitir.O sol, o vento, a água...espero pacientemente o girar do catavento.Meu corpo é um instrumento, os argumentos do que sou são forjados no auto conhecimento.Não quero ser uma escultura embalsamada pelo verniz social, muito menos ser a cinderela do quarteirão... a menina complicada e perfeitinha.Se eu fosse eu, jamais me preservaria da vida e de mim mesma. Se eu fosse eu, continuaria como sou, não me importaria com você, eu não te julgaria e muito menos te condenaria.Eu estaria muito ocupada sendo eu mesma.Aprendi sobre liberdade.Fiz meu alicerce na insegurança.Me despedi de pessoas vivas e mortas.Mantive a integridade com meus inimigos.Conquistei a liberdade...Sei que tudo é um momento.Naveguei no veleiro da vida, ajustando as velas...Se eu fosse eu, eu diria:Fui digna de sentir.Não sou um embuste.O coração sangrou...o corpo cambaleou, suspirei, chorei.Amei e amarei apenas um homem:Kico MarcolanPorque se eu fosse eu, e mil vezes viesse para esse planeta, eu saberia o que é o amor.E...eu sendo eu, não admito menos que isso!Viviane Mendes

Isso é tudo que me resta:Um banho quente...hoje não tem festa.A temperatura esfriou...tirei o que não presta.O corpo cansado...de quem trabalhou.A barriga cheia.A mente vazia.Uma cama limpa.Um teto de abrigo.A consciência tranquila...de quem amou.O coração batendo.Um cão me lambendo.A reconciliação com a própria vida não tem preço. Nada me dói...nem o que doeu um dia.Com gratidão encerro mais um dia.

Sobre comemorar o amor, essa foto foi numa festa junina.Eu, vergonhosa que sou num queria ser a noiva.Fui convencida pela vaidade...Azamiga diziam:-Tem que ser você! Nós só temos esse vestido e você é a única que cabe nele!Bem...aceitei.Daí pra diante eu tive vários casamentos secretos com o mesmo homem.Juntamo oztrapo no cartório.Casei no Santuário de Fátima, em Portugal.Casei na gruta de Lourdes , na França.E, nesses papéis que a gente tem que escrever o estado civil, eu boto solteira.Sei lá...esse status de casada me é aflitivo.Eu acho que quando existe união de alma, fim de papo.Sobre liberdade e amor, eu casei com alguém que me diz a lei de Thelema de Aleister Crowley: "Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei. O amor é a lei, amor sob vontade."Sem mais................................Viviane Mendes

Desculpe o desabafo.Cansei....reparem na arte da camisinha de isopor.Comprei uma bem vagabunda.Nessa pandemia, meu bar é aqui no meu castelo.Eu e o arquiteto estamos "decorando" no melhor estilo boteco das esquinas da vida.Sabe aquelas frases escritas em porta de banheiro?Então...Frases de gosto duvidoso, palavras chulas de inocência regada a cachaça engenhoca e ovo colorido com anilina em conserva.Uma caneta Bic e o coração em ponto de bala, transbordando desejos de leito e abajour sem lâmpada...Cheiro etílico no ar.Uma mesa de bilhar... ...no isopor, escrito torto tudo que a vida não endireitou.Reparem.Nessa imagem aparece apenas "amor eterno"Por falar nisso, hoje o arquiteto deu o tom no almoço. Percebi que eu estava cansada.Não cansada de fazer.Cansada de decidir.Muito cansada de tomar decisões...Não quero mais decidir...nada.Viver junto é dar trabalho um para o outro.Não quero decidir o tanto de orégano na pizza.Não quero escolher sozinha o mamão no supermercado. Não quero decidir se compro azeitona verde ou preta.Muito menos decidir se pago no crédito ou no débito. Nem o molho de pimenta eu escolho mais...E na dúvida do ponto do abacaxi, ainda bem que o arquiteto diz:-Leva os dois.Eu, não quero ter autonomia para ter o poder de decidir.Sinceramente...cansei.Cansei muito profundamente. A única escolha que eu faço na minha vida é:Amor eterno....com esse homem.Vivi Ame...Viviane Mendes

Cheguei lá tinha um homem quase desmaiando.Ele era do tamanho do Aquaman.Chegou minha vez.Eu, sem café sou insuportável até para mim.Sou ruim de veia.Parece que eu nem tenho veia no braço.Enquanto o homem quase desmaiava ao lado.Eu garrei numa prosa inusitada com a moça que ia coletar o sangue.Nunca vi a moça na vida, o santo bateu.E de tanto rir a mão dela tremia...E a agulha quase entrando no meu braço.Eu rindo...a agulha fazendo zigue zague...A mão dela tremendo de tanto rir.Olha, sei que rir quando a gente num pode rir é bem legal.A agulha entrou, eu nem vi porque eu tava rindo.A agulha entrou dançando salsa na veia.Eu não senti porque minha alma tava na mesma coreografia.E...o principal, sem tomar café!!!Abençoada leveza dos santos que batem.Rir quando o riso sai de graça é um dos brindes da vida.Viviane Mendes

Acabou de acontecer.ALERTA:Esse texto contém ironia sem limites.Digno de Bauru, a cidade sem limites!Um cara passou gritando para uma pessoa do outro lado da rua:-FULANO, TIRA ESSA MÁSCARA... ASSIM VOCÊ NUM RESPIRA DIREITO!!!Eu, daqui do fundo espiei a situação. O que gritou era mais jovem e tava correndo.O do outro lado da rua, apenas caminhava, de máscara....com seus cabelos brancos.Ele não respondeu, apenas fez um sinal balançando o dedo de um lado para o outro.Olha...todas minhas noções de desamor foram atualizadas com sucesso.Tenho vontade de juntar o "atleta" pelo colarinho e debuiá o milho.O inimigo mora ao lado.Eu, aqui do lado de dentro, sinto vergonha.Uma vergonha tão vergonhosa....de ontem pra hoje, piorou.Aqui em Bauru, o exemplo vem vestido de espiga de milho.Verde por fora, amarelo por dentro.Sabe, aquele milho sem gosto?Se pelo menos, esse milharal ambulante utilizasse máscara, né?Se pelo menos, tivesse essa elegância...Já que o tecido é fajuto e a estampa é fuleira.Um pouco de elegância cairia como uma luva.Empresário de sucesso no transgênico da vida.O castelinho da pamonha, caminha, e aglomera.Tudo beeemmm.Tem todo direito.Mas, taqueupariu!!!!!Sem máscara?Tanta preocupação com o comércio...tudo bem.MAS....SEM MÁSCARA, NÃO. Nem o sabugo desse milho serve pra limpar o rabo.Mas....sabe, bonecas são feitas com cabelinho de milho.E....bonecas são espantalhos bem sucedidos.Isso é que importa.Né não?Entretanto...O senhor de cabelinho branco, é um grande amor na vida de alguém. Ele quer ter saúde, no passo lento, de máscara...ele quer chegar em casa, apesar desse show de horrores.Vivi Ame...Viviane Mendes

Versão 4.5Metabolismo ficando mais lento.Cabelos brancos.Criatividade continua ligeira...A alma colorida.A face sem brilhos falsos.Os quadros cintilam...O corpo suplica pela academia.O hemograma ta tudo em ordinha.Meus olhos ainda não viram um óculos.Minha alma tem lente de aumento.Estou sem cárie nos dentes, sem frieira no pé.O coração vai muito bem, obrigada.Viviane Mendes

Hoje fui chamada de vagabunda....estava indo pagar uma conta, dessas que a gente cai na besteira de dividir em 10 vezes.Virei uma rua e phááá:- DA SETA SUA VAGABUNDAAA!!!Bem alto, mas bem alto!Ozoto té viraro o pescoço pra vê a vagabunda.Mai foi bão.Alguém tem que falar umas verdade na cara da gente.Agora eu tou esperta.Vou virar qualquer rua, e penso:- Da seta sua vagabunda.Inda bem que tem unzioto que grita com nóis.Eu só aprendo no tranco.Valeu.

Estou com uma coisa me martelando a cabeça a semana inteira.Hoje, sexta feira, acho bom eu tentar desenrolar esse assunto.Responsabilidade afetiva.As pessoas, batem no peito:-SOU RESPONSÁVEL!Entretanto, acho que essa responsabilidade se limita as contas que são pagas, ao percentual de gordura no corpo "pagos" com atividade física impecável. Acho louvável. Acho responsabilidade algo mais...além de trabalhar, criar os filhos e vencer na vida.Ser responsável por algo tem um espectro mais amplo e abrangente....Entra numa esfera frágil e delicada.O AFETO.Até onde agente pode ir, respeitando os afetos que cultivamos?Quando e como se vira a chave e as costas para determinar que aquilo se tornou obsoleto em nossas vidas?Existe a chamada obsolescência programada, as coisas são fabricadas para se deteriorarem em determinado período. Isso é muito comum nos produtos elétricos, eletrônicos que funcionam com bateria.Mas....quando se decide que o afeto merece ser substituído?A planta, vai para o lixo.O animal, vai para outro tutor.A criança, fica com a mãe. Todo ser vivo, criança, animal e planta são construções emocionais e afetivas.Existe uma lavoura de afetos e sou responsável pelo seu cultivo.Não pago minhas contas na data certa.Não estou no meu peso ideal.Mas, não tenho dúvidas da direção que sigo.Os afetos, são minha maior responsabilidade.Não tem segredo.O AFETO é uma bateria auto carregavel. Não se deteriora.Mas....Quando, essa palavra não é respeitada em sua totalidade, a irresponsabilidade e o egoísmo dão o tom de uma vida inteira.Ali, na loja da esquina sempre vai ter algo para comprar.Infelizmente não existe mágica, tem que trocar.Um afeto por outro.Um vício por outro.Uma relação por outra.E, sempre é assim:A bateria acaba no final.Vivi Ame...Viviane Mendes.

Seu Sandoval, o sábio!...se homi de mais de 80 ano dividia uma rainequém comigo nazora de almoço.Ai gente...de tudo, fica nosso rastro!Nossas posturas e nossos sim e nossos não.Eu, apesar de tudo e contrariando os fatos, ando apaixonada pela vida.Tudo vai ruir.Isso é fato.Ganhasse um ou ganhasse o outro.Sempre penso na anarquia do meu telhado...Seu Sandoval aqui...arrumando tudo.TUDO precisava de reparos.Hoje, a casa tá no jeito.Nossa vida vai se ajeitar, pode crer.Mas para isso a casa precisa cair.Não se constrói nada por cima do roto e do rasgado.Eu falava pro Seu Sandoval:-Prega uma madeira ali, faiz uma emenda!E ele:- Dona Viviane, a senhora já ouviu falar que carça véia num segura remendo?Isso serve para TUDO.ABSOLUTAMENTE TUDO !!!!Viviane Mendes

Texto escrito para homens:Ahhhh.....uma barba por fazer.Uma conversa profunda e inteligente.Um homem maduro.Um homem com talento e simplicidade.Um homem com lágrimas nos OLHOS.Já passou o tempo da truculência.Carro do ano, cartão de crédito e demonstrações de poder só interessam para amebas.Ameba, é aquele tipo de mulher que não sabe ter opinião, não banca sua própria história, nunca leu e acha que Victor Hugo, se resume a uma marca de bolsa que algum homem rico vai lhe dar de presente num motel.Sim, existem mulheres que reforçam o comportamento masculino retrógrado e imbecil.Escrevo para homens que desejam se atualizar.Mulheres querem um novo modelo de homem.Homem que não fala:-MEU carro.-MINHA fazenda.-MEU avião.Mulher quer homem que se preocupa com o desmatamento.Mulher quer homem que se importa com o bezerro separado da vaca.Mulher quer homem que se rende ao amor por todos os seres desse planeta.Boca engordurada de picanha, dá nojo.Barriga estufada de bebida e restos de animais mortos, demonstram a falta de senso de estética e total desamor com o próprio corpo.Homens que contam vantagem, é uma catástrofe.Todas as definições de um HOMEM foram atualizadas por Joaquin Fhoenix.Ator, produtor e ativista norte-americano.Ganhador do Oscar por sua atuação no filme Coringa.Sua coragem em fazer um discurso tão profundo e verdadeiro, num cenário de cortinas e maquiagem que camuflam a REALIDADE, foi arrebatador.Homens, já foi o tempo de mandar matar um carneiro pro churrasco.Já foi o tempo de acelerar o carro, para mostrar a potência do motor.A gente quer homem que sabe conversar sobre nossas escolhas e o impacto ambiental.A gente quer homem que separa o lixo reciclável e que dá comida para o gato.A gente quer homem que não saliva feito um vampiro na porta dum açougue.A gente quer um homem que sabe comer um lanche vegano, e que tem postura para sentar num trono ou numa sarjeta.A gente quer um homem que olhe nos nossos olhos e nos ache mais interessantes que o bife de chuleta que está no prato.ASSISTAM O DISCURSO DE Joaquin Fhoenix.ASSISTAM O DISCURSO DE Joaquin Fhoenix.ASSISTAM O DISCURSO DE Joaquin Fhoenix.Vivi Ame.

Que dia!Dia de Nossa Senhora de Lourdes.Dia dos meus milagrinhos, milagres e milagrões.Eles...os 3, juntinhos vivem comigo.Aqui, sou a mais velha.O milagrinho, é o caçula, rebelde, mas me ajuda a fazer o gato engolir o comprimido. O milagre é discreto.Usa terno e dispensa sobremesa.O milagre está sempre no peso ideal.E ai de mim se espalhar seus segredos.Já o Milagrão, num tem modos.Nasceu de cesárea, deu trabalho no parto, sabe, foi mimado, gosta de aparecer.Do Milagrão eu espalho seus feitos.Faço de propósito e sem respeito.Ele que lute.Lutou pra nascer, quis aparecer.Não vai morrer no anonimato. Gordo e guloso.Senta comigo na mesa, deita do meu lado e me aplaude...tem sido um bom amigo.Vivi Ame...Viviane Mendes

Tudo hoje.Hoje eu comi Abiu.Ganhei Macadamia tostada e salgada.Hoje eu almocei carne de jaca, bem temperada.Nossa...fazia tempo que eu tava só no meu tempero.Ganhei banana e vou ganhar rúcula, assim que ela brotar.Hoje eu conversei com uma pessoa...Um tipo de conversa sem precisar escolher palavra. Hoje, a vida fez escolhas para mim.Todo dia eu tenho que escolher o que comer, qual tempero usar, sobre o quê falar.Francamente....Hoje foi um dia que eu nem precisei pensar.Tudo veio.Do bom dia do lixeiro...neste mês de fevereiro, hoje foi um dia...que Deus foi porteiro.Abriu uma fresta para eu espiar o rosto de um passado que parecia morto.Mas que também parecia vivo.Tipo alguém que dorme no banco do avião junto com seu melhor amigo.Tem dias...que Deus me pega no colo.E me conta sobre a vida, historias que já não doem.Apesar da turbulência do avião, meu pai veio quieto.Apesar...da vida, minha mãe seguiu quieta.No silêncio, a vida seguiu retumbante.Eu sou filha do silêncio. E silêncio, é encontro com Deus.Vivi Ame...Viviane Mendes

...tinha uma empregada chamada Maria.Ela morava com a gente.Denoitão, na cama, eu fingia que dormia.Ficava agarrada num crucifixo enferrujado, pedindo para minha mãe não morrer na estrada.Minha mãe dava aula em Itapuí e Duartina.Eu, com 5 anos já sabia que as pessoas morriam de acidente na estrada.Essa realidade sempre me acompanhou.Sei que as experiências na vida da gente marcam nossas vidas...a morte do meu pai, inaugurou essa descoberta:MEDO DA MORTE.Depois disso a vida seguiu.Hoje, todo dia na atual pandemia, esse sentimento é inaugurado na vida de alguém. Minha mãe não morreu de acidente.Morreu de câncer. Pronto.Outra inauguração digna de cortar a fita vermelha com pompa e circunstância. Juntou o medo do acidente com medo doente.Rimou.Bem...muita gente, quase todo mundo ao meu redor não tinha a mínima noção de como o sangue corria no meu corpo.Eu era diferente.Tanto choque de realidade que meu sangue sangrava e eu nem sabia a diferença entre sangue e lágrimas guardadas.Virou uma água salgada dentro de mim.Enfim...Agora, nesse caos, eu sinto que todo mundo é igual a mim.Não vou fingir.Sinto um certo conforto.Encontrei minha turma:A humanidade.Quem ainda não sabe que idioma eu estou falando, desconhece esse precioso pertencimento que nos une chamado dor.Quem não se protege e desdenha da situação, logo logo vai cortar a fita vermelha...E a esses, muito prazer.Seja bem vindo ao clube.Agora, se vire nessa festa!Vivi Ame, Viviane Mendes

Se eu não acertar o sabor do sachê wiskas que ele quer comer.....tenho medo de apanhar.Num posso me mexer na cama porque ele dorme em cima de mim, ele se irrita, vira uma jaguatirica selvagem.O nome dele é José. Se eu der um pio e reclamar ele se esconde.Daí a artista descobre o que é a viola em caco.Esse é o Zé da mamãe. O gato mais lindo do mundo!!!....está em cima de mim agora e eu já saí pra comprar os pacotinhos da marca e dos sabores que ele gosta.

...encontrei uma pessoa no mercado e ela me perguntou sobre meu defeito na perna.Eu:- Que defeito?Ela:- Ahhh....Viviane, todo mundo na escola falava que você usava saia longa pra esconder o defeito. Eu:- Não...é que eu achava minha perna muito grossa para usar calça, e sempre gostei de saia longa...sei lá alma de cigana.A pessoa pediu desculpas, e demos risada. O que eu não falei para ela:Cresci com vergonha das pernas grossas, com a auto crítica sempre afiada, e com medos bem desenhados.Medo de não ter dinheiro.Medo de ficar doente.Medo de ficar gorda.Medo de rugas, pelancas, banha sobrando e celulite gritando.Queria achar um ponto onde eu encontrasse a perfeição e o equilíbrio entre o corpo, mente, felicidade, paz, saúde, dinheiro e amor.Encontrei.Fazendo uma retrospectiva, eu sempre tive tudo perfeito.Apoiada na insegurança, achava que o futuro ia me comer com vontade, me devorando pelas beiradas e cuspindo em seguida.Me enganei.A vida foi minha amiga.Daqui pra frente, não sei de nada.Aliás, eu nunca soube de nada.Não tive planejamento e soube me virar.Ajoelhei na hora certa.Recuei...Acelerei.Sem receita pra nada.Sem conselho de ninguém.Respeitando a única autoridade que eu conheço:A verdade do meu coração. Medo agora?Depois de tudo??Daqui pra diante sigo igualzinha...sem tirar e nem por.Quando eu tiver dúvida, mantenho charme.O resto eu vou abrindo no facão. Sem ilusão e me olhando bem no espelho.No espelho do passado.O futuro?Se depender de mim, sigo construindo poema, comendo direito para entrar na calça jeans e usar uma blusinha branca sem sutiã. Bebo.Não fumo.Durmo bem. Deus está comigo.O dinheiro é a matéria que me sustenta nesse plano.Admiro e amo o homem que vive ao meu lado.Dos amigos?Vivo numa aglomeração de patas e focinhos.A vida deu certo.Tenho tudo que eu queria.Vivi Ame... Viviane Mendes

Sobre arquitetura higienista e meu tio bêbado que cagava no carpete da minha avó. Minha casa tem um muro de um metro de altura.Sou acessível a todos os pedintes. E não nego, sou do acolhimento.Mas....ESSE ASSUNTO NÃO É SIMPLES!!!Minha opinião NÃO é de quem tem interfone ou mora em condomínio onde se é barrado na portaria. Lidar com isso de perto não é para qualquer um.Já comprei frango assado para um bêbado inconveniente passar a noite de Natal com o pai que também mora na rua.A lista dos meus feitos e do tamanho da minha paciência não interessam aqui.O que quero dizer é que sim, sou do time do padre.Pego a marreta com gosto.Passaria meus dias tirando aqueles paralelepípedos...Mas........Lidar de perto e sozinha com alcoólatras é passaporte para o céu. Eu lidei.Era eu, adolescente que ia com a ambulância para internar o bêbado. Era eu que ia agachada no carpete limpando a bosta do bêbado para poupar minha avó. Era eu que chegava na cozinha para tomar um café e sentia o cheiro azedo de mijo, de whisky e de vômito. Era eu que assistia a recusa em tratamentos.Era eu que levava para São José do Rio Preto pra tomar uma dita cuja duma injeção que prometia acabar com o vício. Era eu que parava na estrada para almoçar num por quilo qualquer da vida e morria de vergonha com as arrotadas do "tio" que nunca me disse um obrigada na vida. Sou do acolhimento, repito.Mas...nesse passaporte para o céu, a gente faz uma escala no inferno.E....juro, só fiz pela minha avó. Lidar com bêbados e drogados de rua que mijam na porta da sua casa, que trocam de roupa na esquina e que apertam a SUA campainha para pedir dinheiro para comprar pinga, porque está tremendo por causa do vício, realmente....Realmente, é aí que você se conhece.Antes que me esqueça:Conheço detalhadamente a realidade das clínicas de desintoxicação e de "tratamento".Muita, muita coisa, é feia.Horrorosa.Arquitetura higienista, é um desafio quando se leva em consideração o ir e vir da população.Um viciado adoece tudo que toca.Minha opinião é de quem higienizou o carpete caramelo que forrava o chão da casa da minha avó. E....precisava prestar muita atenção, porque merda de bêbado é cor de caramelo.Posso lhes garantir.Vivi Ame....Viviane Mendes

falta dia 10 de fevereiro

Ontem, 8 de fevereiro foi aniversário da minha mãe.Esse texto é sobre minha herança.Me lembro que sempre que eu contava alguma coisa, ela fazia eu procurar a minha culpa naquilo tudo.Parece que é reforçar uma baixa auto estima.Mas, não.Isso me adestrou.Mãozinha na cabeça, nunca foi o estilo da minha mãe.Ela me queria livre para o mundo.jamais dependente na barra de sua saia.Hoje isso me é translúcido.De repente, eu mudei.Algumas coisas que me serviam, não cabem mais nos meus vazios.Fiquei amiga do vazio.Me sinto plena na solidão e no silêncio.Não é qualquer presença que me abastece.Não é qualquer palavra que me convence.Antes eu não me colocava em algumas situações.Agora isso não acontece mais.Percebi que eu estou sempre comigo.Não sei em que momento isso se deu.O que eu não sei, minha intuição me avisa.Eu me desafiei, e me desafio constantemente.Não pretendo passar a vida tecendo uma manta que não me cobre os pés.Eu prezo pelo conforto de uma mente tranquila.Ideias fixas, comportamentos repetitivos adoecem a alma.Antes eu me subordinava a qualquer conversa.Hoje, eu falo para o mundo.Antes eu estava disponível para os outros.Hoje, eu sou prioridade.Antes, eu ia ler cartas.Hoje, eu corto o baralho.Meu caminho foi pela dor.Atravessei desertos afetivos...sem mapa e sem sinalização.A educação da alma...foi minha herança.Viviane Mendes

Fui no banheiro e fechei a porta.Quem estava lá dentro?Eu.Nua na minha própria presença.Pra todo lugar que eu vou, eu vou atrás.Pelas distrações do mundo, posso ter a ilusão que tem o outro.Mas...na privacidade do banheiro, percebi que pra todo lugar que eu for eu vou me encontrar.Decidi ser a pessoa que eu quero encontrar.Quero olhar meu corpo com a mesma admiração e prazer que olho para meus cachorros.Quero olhar para minha consciência com a serenidade dos meus gatos.Quando eu deito pra dormir eu conto para mim mesma:-Hoje eu conheci uma pessoa tão interessante...sabe, foi assim, foi assado, foi de comprido, foi de atravessado, foi tudo sentido, foi amado.E assim, no futuro, vou encontrar uma boa amante para dividir a cama comigo.Eu mesma, ...com toda responsabilidade de viver ao meu lado.Sendo amiga, sendo filha, sendo pai e mãe da minha consciência.Mãe mas rígida do que eu, não há.Pai mais severo do que eu, não há.Filha mais amorosa do que eu, não há.Amiga mais brother do que eu, não há.Se eu me educar todo santo dia, eu posso ser aquela que no cair da noite tenho prazer em encontrar.Vivi Ame...................Viviane Mendes

Sobre arquitetura higienista e meu tio bêbado que cagava no carpete da minha avó. Minha casa tem um muro de um metro de altura.Sou acessível a todos os pedintes. E não nego, sou do acolhimento.Mas....ESSE ASSUNTO NÃO É SIMPLES!!!Minha opinião NÃO é de quem tem interfone ou mora em condomínio onde se é barrado na portaria. Lidar com isso de perto não é para qualquer um.Já comprei frango assado para um bêbado inconveniente passar a noite de Natal com o pai que também mora na rua.A lista dos meus feitos e do tamanho da minha paciência não interessam aqui.O que quero dizer é que sim, sou do time do padre.Pego a marreta com gosto.Passaria meus dias tirando aqueles paralelepípedos...Mas........Lidar de perto e sozinha com alcoólatras é passaporte para o céu. Eu lidei.Era eu, adolescente que ia com a ambulância para internar o bêbado. Era eu que ia agachada no carpete limpando a bosta do bêbado para poupar minha avó. Era eu que chegava na cozinha para tomar um café e sentia o cheiro azedo de mijo, de whisky e de vômito. Era eu que assistia a recusa em tratamentos.Era eu que levava para São José do Rio Preto pra tomar uma dita cuja duma injeção que prometia acabar com o vício. Era eu que parava na estrada para almoçar num por quilo qualquer da vida e morria de vergonha com as arrotadas do "tio" que nunca me disse um obrigada na vida. Sou do acolhimento, repito.Mas...nesse passaporte para o céu, a gente faz uma escala no inferno.E....juro, só fiz pela minha avó. Lidar com bêbados e drogados de rua que mijam na porta da sua casa, que trocam de roupa na esquina e que apertam a SUA campainha para pedir dinheiro para comprar pinga, porque está tremendo por causa do vício, realmente....Realmente, é aí que você se conhece.Antes que me esqueça:Conheço detalhadamente a realidade das clínicas de desintoxicação e de "tratamento".Muita, muita coisa, é feia.Horrorosa.Arquitetura higienista, é um desafio quando se leva em consideração o ir e vir da população.Um viciado adoece tudo que toca.Minha opinião é de quem higienizou o carpete caramelo que forrava o chão da casa da minha avó. E....precisava prestar muita atenção, porque merda de bêbado é cor de caramelo.Posso lhes garantir.Vivi Ame....Viviane Mendes

Aviso:Esse texto não é pra facebook...denso, profundo...e chato.Mas...saiu.Quem quiser entrar na reflexão, a porta de entrada é aqui:Sobre a política:Todo fanatismo é limitador.Sobre as relações:Toda honestidade é bem vinda.Sobre a febre amarela:Toda consequência tem uma causa.Sobre a morte:Toda perda dói.Sobre as opiniões:Todo ponto de vista é apenas um ponto.Sobre a arte:Nem tudo é para todo mundo.Sobre a vida:Nem toda exclamação é justa.Nem todas interrogações são necessárias.Nem todo ponto final é um fim.Mas, toda reticência, é uma reticência.Somos desonestos nas relações.Somos políticos nas amizades.Somos fanáticos por nós mesmos.Somos inconsequentes ambientais.A causa é para poucos...As consequências são para todos.Olhamos tanto para o espelho...e não nos enxergamos.Somos seres vaidosos demais.Somos apegados demais.Queremos acertar, queremos impressionar, queremos vencer!!!Para quê?Parece que o mundo é uma olimpíada de egos deficientes.A competição serve para quem precisa ganhar.julgamos tudo e todos o tempo todo.Queremos ser reconhecidos pelas nossas intenções.Conjugamos os verbos conforme nos é conveniente.Se percebo essas incongruências, é porque minhas paralelas estão perpendiculares.Andei limpando meus espelhos...Viviane Mendes

Todo dia quando abro minha janela, eu acordo meus desejos.Pelo vento que entra balançando as fitas, eu me vejo bonita.O ar entra colorido e perfumado....protegida pelas flores, nem faço rima com amores.Vivi Ame

Eu moro dentro de um filme.Enredo dramático. Trilha sonora espanhola.Figurino vanguardista.Cenário romântico.Vela queimando.Tempo passando.Vida acontecendo.Vivi Ame

Estou na cozinha...no café e nos pensamentos.Estiquei o pescoço para espiar pela fresta da porta, e vi os raios de sol batendo nas bolas prateadas que tenho no meu quintal.As flores maravilhosas que ganhei do kico...A simplicidade da cadeirinha azul comprada num brechó.Minha parede laranja...com um imenso espelho em forma de lua cheia...Nesse espelho posso ver a jabuticabeira que comprei bem pequena.Agora ela está uma árvore imensa.Desde que eu me conheço por gente, eu vivo com um sentimento de insegurança na vida.Um sentimento de que nada é garantido.Porém,isso não me impede de eternizar no aqui e agora minha passagem por aqui.Plantei árvoresCultivei floresEscrevoCuido dos bichos...Faço quadros....me acostumei a regar a vida.Sei lá, 46 anos...será que estou na metade da vida?Ainda não sei se as inseguranças vão piorar com a idade.Escuto uma voz soprar no meu ouvido:''Menina, acorda!...Olha o sol batendo nas bolas, a jabuticabeira sempre com frutos. Confia!!! Entrega seu caminho e segue!!!''...deu certo até aqui.Pretendo continuar na mesma toada do que sou.Cuidando das inseguranças, podando os medos...e regando meu jardim.Gratidão.

Hoje é aniversário da sereia!Nome: Vivi Ame.Data de nascimento: 5/2/71Daqui deizano?Eu queria ficar uma véia fumando charuto...ou mascando um grãozinho de linhaça que enroscou entre os dentes.Sentada na soleira da porta, esperando a polenta cozinhar pro marido.Daria uns trago numa cachaça vendo as galinhas ciscarem no quintal.Quanto ao mundo, eu não sei...Mas tenho esperança de ter um cavalo branco.Queria ter um casal de pavão.Daqui unzano devo ir pra França mai um punhado deveiz.Tenho fé em Deus de me dar bem com as rugas.Hoje, a vaidade ainda é soberana.Não gosto de gordura localizada....pretendo ficar atenta.Queria ficar uma véia num dins número 40, uma camiseta fuleira e sem sutiã.Se o peito não caiu até hoje, tenho fé em Deus que assim continuará.Nozpé quarqué havaiana.Ia incorporar deveiz a bruxa da floresta. ...as pessoas chegariam no portão me pedindo muda de tal planta amódiquê a benzedeira recomendou.As pessoas falariam:-Ela parece uma fada!E eu falaria pras crianças:-Cê sabia que eu sou uma sereia?...é isso que eu quero pra mim.Viviane Mendes

Pedi uma trégua ao calor infernalA temperatura baixou 10 graus no dia do meu aniversário.Não se trata de frente fria, não acreditem nisso!...pode ser que veio da direita, anuncia o jornalOu da esquerda, comentam na revista.Isso é coisa de artista!Senti a brisa fresca pela janela....elas ficam sempre abertas.E eu estou sempre no meio de mim.Foi um presente que os céus concederam a sereia.Não, amiguinhos...não estou falando de mim.Me refiro as sereias, unicórnios, colombinas e mulher gato e homem aranha que existem dentro de nós.Acreditem neles.A fronteira entre o real e o imaginário é apenas a força do nosso coração.Seja fiel a razão da imaginação.Peça o que quiser.Mas lembre-se que o sol brilha pra todos.E todos tem sua razão.A rede social é um lugar real.Vocês todos são uma frequência.Sou grata pelo carinho, pelo respeito e pela paciência com meus longos textos.Descobri no normalzinho do dia, muita alegria.Conviva com seus planos, e principalmente, com a consequência deles.Eu, na realidade não tenho planos, nenhum plano.Talvez, ainda voe nos aeroplanos do meu quintal.O que tenho é aversão ao mal.Tenho um compromisso com o criador.Enquanto estiver por aqui, não estarei com mãos abanando.Vou carregar flores, pincel, um crucifixo ou um facão...para usar conforme a ocasião.Muita gratidão e responsabilidade para viver e amar.Viva e ame, em carne e osso.Viviane Mendes.

A gente come uma fatia do bolo...E determina, se está bom...se azedou, ou se está doce demais.Uma fatia do bolo, não é o bolo.Pode ter uma pimenta na segunda fatia.Pode ter uma barata...Assim são nossos julgamentos.Percebemos uma situação isolada, e julgamos.Um momento de fragilidade de uma pessoa, e julgamos.Há de se considerar uma infinidade de fatores.Não se pode julgar nossa raça apenas por um exemplar.Tivemos Gandhi, tivemos Hitler.Não podemos carregar pela vida um desmedido medo de cachorro, porque uma vez um nos mordeu na canela.Nada justifica seu pavor de gatos, porque o gato da vizinha fazia barulho...Os gatos, os cachorros...todos tem suas individualidades e peculiaridades.E nós?Com tanta soberba apontamos o dedo fura bolo pros outros...como se isso nos fizesse melhores.Desqualificar alguém é assunto sério.Você pode comer o bolo todo, e achar que está apto a julgar.A questão é que gosto e paladar cada um tem o seu.Eu por exemplo, sou bem complicadinha...posso comer um bolo maravilhoso...gozar com as papilas gustativas...mas minha mente julga os ingredientes...Farinha branca, açúcar refinado, margarina...será que tem mais o quê aqui nesse negócio que estou comendo?Duro, né?A mente da gente faz miséria.E...sempre que tem mente, tem julgamento.A mente é a serviçal do ego.Julgamos para nos sentirmos melhores.Lá no fundinho...nas dobrinhas e nas cavidades internas se esconde nossa criança mimada e cheia de complexos de inferioridade.Que coisa, né?E...a gente se acha bão.Viviane Mendes

Atenção:Animal não domesticado tentando se adaptar numa sociedade selvagem.Se alimenta de grãos e frutas.Bebe água potável e seu sistema digestivo suporta algumas doses de Campari.Se esconde numa avenida movimentada.Desconhece fórmulas de sucesso.Exala poesia.Vive de arte.Tem o corpo coberto por tatuagem.Seu cabelo é comprido.A paciência, é curta.Se comunica com seus iguais, aqueles que conhecem a linguagem do silêncio.Não costuma atacar...Mas, por prudência não cutuque com uma vara curta.Se aproxime com moderação.Esse bicho ainda não aprendeu a arte da dissimulação.A boca entorta, os olhos arregalam e as narinas refugam.Esse animal é de uma tribo de pele grossa, resistente.Suporta bem o sol e a chuva.Mesmo não sabendo nadar, mergulha como qualquer animal marinho.Essa criatura agoniza no raso da vida.Sua arcada dentária se compara aos equinos.Sua conexão é com o divino.Do resto, é fácil de lidar.Ela é do signo de ar.Vivi Ame...Viviane Mendes

O homem apertou a campainha....tinha cara de bonzinho.Se ofereceu pra tirar os matinhos da calçada.Noraqueu vi ele tava com a tesoura cortando minha arvrinha.Beeeem redondinha.Mandei parar.Ele disse que era bom em deixar a árvore bem certinha.Que ele corta como se tivesse colocado uma tigela emborcada nas foia.Expliquei que não gosto.No nikiki eu entrei para pegar um saco de lixo, o homi me mostrou todo orgulhoso que tinha cortado as pontas da espada de São Jorge que fica no pé da arvrinha.Senti o que eu sentia quando era criança e minha mãe me enganava dizendo que ia cortar só um dedinho do meu cabelo para ele crescer mais.Era mentira.Ela passava a tesoura.Eu ficava trancada no quarto pensando em me matar só pra ela sofrer o tanto que eu tava sofrendo.Uma mulher de longos cabelos ao vento não convive com árvore redondinha na calçada.Sobre, as pontas cortadas da espada de São Jorge, respirei fundo.Preciso de um tempo para superar....e era só os matinhos da calçada.Só sigo com a vida porque meu cabelo tá quase na cintura.Senão, era hoje queu dava cabo de tudo!😜😜😜😜Vivi Ame.

...tinha uma empregada chamada Maria.Ela morava com a gente.Denoitão, na cama, eu fingia que dormia.Ficava agarrada num crucifixo enferrujado, pedindo para minha mãe não morrer na estrada.Minha mãe dava aula em Itapuí e Duartina.Eu, com 5 anos já sabia que as pessoas morriam de acidente na estrada.Essa realidade sempre me acompanhou.Sei que as experiências na vida da gente marcam nossas vidas...a morte do meu pai, inaugurou essa descoberta:MEDO DA MORTE.Depois disso a vida seguiu.Hoje, todo dia na atual pandemia, esse sentimento é inaugurado na vida de alguém. Minha mãe não morreu de acidente.Morreu de câncer. Pronto.Outra inauguração digna de cortar a fita vermelha com pompa e circunstância. Juntou o medo do acidente com medo doente.Rimou.Bem...muita gente, quase todo mundo ao meu redor não tinha a mínima noção de como o sangue corria no meu corpo.Eu era diferente.Tanto choque de realidade que meu sangue sangrava e eu nem sabia a diferença entre sangue e lágrimas guardadas.Virou uma água salgada dentro de mim.Enfim...Agora, nesse caos, eu sinto que todo mundo é igual a mim.Não vou fingir.Sinto um certo conforto.Encontrei minha turma:A humanidade.Quem ainda não sabe que idioma eu estou falando, desconhece esse precioso pertencimento que nos une chamado dor.Quem não se protege e desdenha da situação, logo logo vai cortar a fita vermelha...E a esses, muito prazer.Seja bem vindo ao clube.Agora, se vire nessa festa!Vivi Ame, Viviane Mendes

...encontrei uma pessoa no mercado e ela me perguntou sobre meu defeito na perna.Eu:- Que defeito?Ela:- Ahhh....Viviane, todo mundo na escola falava que você usava saia longa pra esconder o defeito. Eu:- Não...é que eu achava minha perna muito grossa para usar calça, e sempre gostei de saia longa...sei lá alma de cigana.A pessoa pediu desculpas, e demos risada. O que eu não falei para ela:Cresci com vergonha das pernas grossas, com a auto crítica sempre afiada, e com medos bem desenhados.Medo de não ter dinheiro.Medo de ficar doente.Medo de ficar gorda.Medo de rugas, pelancas, banha sobrando e celulite gritando.Queria achar um ponto onde eu encontrasse a perfeição e o equilíbrio entre o corpo, mente, felicidade, paz, saúde, dinheiro e amor.Encontrei.Fazendo uma retrospectiva, eu sempre tive tudo perfeito.Apoiada na insegurança, achava que o futuro ia me comer com vontade, me devorando pelas beiradas e cuspindo em seguida.Me enganei.A vida foi minha amiga.Daqui pra frente, não sei de nada.Aliás, eu nunca soube de nada.Não tive planejamento e soube me virar.Ajoelhei na hora certa.Recuei...Acelerei.Sem receita pra nada.Sem conselho de ninguém.Respeitando a única autoridade que eu conheço:A verdade do meu coração. Medo agora?Depois de tudo??Daqui pra diante sigo igualzinha...sem tirar e nem por.Quando eu tiver dúvida, mantenho charme.O resto eu vou abrindo no facão. Sem ilusão e me olhando bem no espelho.No espelho do passado.O futuro?Se depender de mim, sigo construindo poema, comendo direito para entrar na calça jeans e usar uma blusinha branca sem sutiã. Bebo.Não fumo.Durmo bem. Deus está comigo.O dinheiro é a matéria que me sustenta nesse plano.Admiro e amo o homem que vive ao meu lado.Dos amigos?Vivo numa aglomeração de patas e focinhos.A vida deu certo.Tenho tudo que eu queria.Vivi Ame... Viviane Mendes

Artisticamente falando:Sempre ''tentei'' ser inteligente....falhei algumas vezes,A inteligencia emocional muitas vezes é traiçoeira.As carências, as mágoas, as paixões formam um ranço que impedem a visão translúcida da realidade.Hoje, um pouco mais madura, eu tenho anseios de uma inteligencia simples como a fruta madura que despenca do pé.Levar a vida com despreocupação do que vai dar certo e o que esta fadado a apodrecer.Minhas preocupações não adiantaram nada.Minhas programações falharam.Já fui uma menina esforçada.já fui uma adulta com bonecas escondidas.Hoje, tantos quadros pintados...alguns sonhos foram cortados.Nem tudo que eu plantei, vingou.Mas...sigo nessa toada besta de levar a vida meio na filosofia do Zeca Pagodinho:''Deixo a vida me levar''.........mas sei onde NÃO quero estar.Completando 20 anos de carreira artística, e fazendo aniversário no dia 5 de fevereiro, eu tento ser fiel a esse quadro e FIEL aos meus propósitos de alma.Meu primeiro quadro com colagens fluorescentes, formas abstratas e botões...muitos botões.Quando eu fiz isso, eu não tinha receita, nem fórmula.Não tinha face, não tinha computador, não tinha reconhecimento artístico, não tinha medo, não tinha expectativas.Ahhhh.........a ausência de expectativas e a ausência de medo!Hoje, inteligencia para mim é isso!Queria morrer inteligente.Fazer minhas ideias mirabolantes me distraírem....Confesso a vocês:A realidade nunca me convenceu....e as bonecas nunca foram meu brinquedo.Vivi Ame..........................Viviane Mendes

Ultimamente a única coisa compatível com meus anseios para 2020 é a velocidade da China em construir um hospital.O resto, segue na velocidade duma carroça com a roda quebrada.Somos primitivos na alimentação. Se eles comem sopa de morcego, nós não somos melhores.Espiritualmente, os que se intitulam servidores da luz, me causam repugnância pela vaidade e egoísmo. Muito ego doente se achando curador.Na política, só o sistema financeiro e os lucros importam.Em mercados famosos existentes pelo mundo, como em Barcelona, no La Boqueria eu vi fetos de animais embalados para deleite da humanidade.Só não vi o resto porque fecho os olhos para não desmaiar.As frutas não tem mais o sabor que tinham.Os transgênicos garantem a produção mas aniquilam silenciosamente nosso sistema físico. As mutações genéticas são uma realidade cada vez menos invisível. Os agrotóxicos liberados, a poluição do ar e da água devasta nosso sistema imunológico.Vírus e bactérias cada vez mais resistentes...No meio disso, seguimos.Fazer nossa parte é um entendimento duvidoso.Cada um num grau de consciência. Mas, amar toda criação é uma maneira de louvar a existência, que é bela.Apesar de nossos dramas pessoais, de nossas carências e medos, a natureza é perfeita.O corpo humano é lindo.Devemos nos respeitar e agir com temperança. Essa é a arte que me interessa.No meio do caos, não me juntar a ele.A organização mental, emocional e física reflete no mundo como um espelho.Para isso, é necessário demolir nossos hábitos e nos curar.O mundo está precisando evoluir na velocidade das construções na China.Vivi Ame.

...em tempo de coronavirus:A gente precisa tomar muito cuidado com quem a gente anda.Muitas vezes nem percebemos que o comportamento do outro nos contamina.Pode ser quem for, o cargo que tiver, mas vocabulário chulo, colocações agressivas e inadequadas, para mim pegam muito bem.Entre 4 paredes, só entre 4 paredes.Fora disso, me soa como uma tentativa de chamar a atenção.Tipo birra de criança carente que quer ser o centro das atenções denunciando ao mundo uma infantilidade latente.Se não estivermos atentos, começamos a repetir esse padrão do coleguinha.E não percebemos....e é um tipo de atitude totalmente desnecessária.A imunidade é um caminho curto quando a gente anda com as próprias pernas.Reparem...Vivi Ame.

Logo eu?Talvez eu desaponte alguns com meus dons artísticos. Justo no saquinho de breu, eu faço algo tão singelo e infantil.Nota 0 em originalidade e totalmente desprovido de programação visual.Criatividade digna do pré primário. Para segurar o tecido acrobático a gente passa breu na mão. São essas pedrinhas.Elas fazem a mão ficar grudenta.Mas...a função da arte, é comunicar um sentimento.Segurar na mão de Deus....é exatamente o que eu sinto quando esfrego o pó dessas pedras na mão. Para achar que Deus cabe dentro desse saquinho, tem que ser muito infantil, né?Eu sou, e vou bem obrigada!Vivi Ame...Viviane Mendes que não perde essa mania de grandeza em achar que Deus mora em todos os detalhes.E que não vou cair...Deus me segura pela mão e como ele é vivo em meu coração não deixa eu me espatifar no chão. Vai dizer que eu não tenho razão?O sagrado é um ponto de vista.E o meu é bem amarradinho com um lacinho de barbante.

Juro por Deus que eu pensei 10 vezes antes de escrever esse texto.Vamos lá....AMIGO.Não é inimigo.Sabe o que eu vejo?Amigo falando pelas costas do melhor amigo.Amigo carente que quer chamar a atenção.Amigo mimado que se magoa quando você está no livre exercício de si mesmo.Amigo que te julga o tempo todo.Amigo que pensa que amigo tem que responder qualquer vídeo que ele te envia pelo messanger.Amigo que desconhece a palavra limite.Amigo que acha que amizade é te mandar um bom dia, boa tarde e boa noite pelo whats.Amigo que confunde sinceridade com rispidez.Amigo que sabe te procurar quando precisa, mas não te enxerga quando você precisa.Amigo que quer se auto afirmar.Amigo que invade sua vida com a intenção de ajudar.Amigo que te procura porque você está disponível, não porque quer estar comungando da sua presença.Amigo vampiro.Amigo que não percebe que o tempo passa e a gente muda...evolui.Amigos???Tenho dispensado alguns, e vou bem, obrigada.Tenho poucos, e estão rareando...Sei muito bem com quem posso contar.Ultimamente, procuro estar perto daqueles em que minha alma se sente em casa.Independente do tempo...e do espaço de convivência.Eu estou cada dia mais exigente.Quero gente!!!Gente honesta.Gente que respeita.Gente que é.E...só é, aquele que é honesto e respeitoso consigo próprio.Esse tem sido meu critério.E....gente...sabe, avisar em alto e bom tom os amiguinhos facebookianos que você vai faxinar e excluir os que não interagem com suas postagens?Putz...desculpa, mais ninguém tá nem aí com a tua faxina.Exclui, para de seguir, bloqueia manda pra casa do chapéu se você quiser, e....boa.Você é livre!E...tem mais, o mais importante:Amizade não orna com cobrança.Outro dia, a pessoa me cobrou que eu não curtia as postagens dela, e ela curtia as minhas.Helllloooouuuu?!?!!!Se não curti é porque não quis.com.brE daí...vem o ''amigo da onça'' da vida real e destila um monte de cobrança que apenas é a projeção de sua imaturidade cronica.Olha, vou falar uma coisa:Cobrança em amizade é como praticar sexo oral sem vontade!A pessoa faz porque ela quer.Num rola pedir...tipo:-''...me chupa?''Amizade é conteúdo impróprio pra menores.Amizade é amor de alma madura.Viviane Mendes

Ele estava quieto deitado no muro.Entrou assustado com o olhos transbordando indignação.Em silencio me contou:-Eu tava lá, no meu lugar, a moça parou e ficou gritando:GATO LIIINDOOOO!!!MARAVILHOSOOOOOOO!!!!QUERIA PRA MIM....OLHA ESSE OLHOOOO......VERDE!!!!E amiga dela gritava:MARAAAAMARAVILINDOOOOO!!!!!Eu disse:-Eu sei, eu ouvi tudo.Foi para minha cama e disse:-Num quero ser gato lindo de ninguém.-Manda essa moça parar....daí eu fiz um muro de travesseiro envolta dele e disse:-Ela já foi....fica aqui, olha, acabei de trocar a roupa de cama, tá tudo limpinho do jeito que você gosta.Fica quietinho, a moça num vai entrar aqui.Ele me olhou com esses olhos e disse:-Sou SEU gato lindo.-Só seu.Num gosto que ninguém fica falando que sou lindo...só você que pode.Então, gente, favor não escrever lindo, maravilhoso, maravilindo, ele num gosta.Ele é tímido, vamos respeitar.Vivi Ame

2.2.2020Não esperem de mim santidade.Nenhum desejo de colecionar fã. De iluminada, apenas a rima com tampa de privada.Sou carne e osso.Humana da cabeça aos pés. Aceito minhas sombras.Delas, me espremo e bebo, do meu próprio veneno.Rastejo ainda.E é essa condição que me faz ter a lucidez de quem sou e onde estou.Sei que para o merecimento das asas é preciso se esgotar.Da roupa que não me serve, a mediocridade. Dos meus desejos, a verdade.O resto, ainda me experimento.Da vida, a parte que me cabe.Nem mais.Nem menos.Da ajuda, meu merecimento.Do resto...nunca fui pobre a ponto de achar caro pagar o preço de meus débitos. Não chegarei ao céu traindo o Diabo.Só aceito voar por mérito.Vivi Ame.

Ultimamente a única coisa compatível com meus anseios para 2020 é a velocidade da China em construir um hospital.O resto, segue na velocidade duma carroça com a roda quebrada.Somos primitivos na alimentação. Se eles comem sopa de morcego, nós não somos melhores.Espiritualmente, os que se intitulam servidores da luz, me causam repugnância pela vaidade e egoísmo. Muito ego doente se achando curador.Na política, só o sistema financeiro e os lucros importam.Em mercados famosos existentes pelo mundo, como em Barcelona, no La Boqueria eu vi fetos de animais embalados para deleite da humanidade.Só não vi o resto porque fecho os olhos para não desmaiar.As frutas não tem mais o sabor que tinham.Os transgênicos garantem a produção mas aniquilam silenciosamente nosso sistema físico. As mutações genéticas são uma realidade cada vez menos invisível. Os agrotóxicos liberados, a poluição do ar e da água devasta nosso sistema imunológico.Vírus e bactérias cada vez mais resistentes...No meio disso, seguimos.Fazer nossa parte é um entendimento duvidoso.Cada um num grau de consciência. Mas, amar toda criação é uma maneira de louvar a existência, que é bela.Apesar de nossos dramas pessoais, de nossas carências e medos, a natureza é perfeita.O corpo humano é lindo.Devemos nos respeitar e agir com temperança. Essa é a arte que me interessa.No meio do caos, não me juntar a ele.A organização mental, emocional e física reflete no mundo como um espelho.Para isso, é necessário demolir nossos hábitos e nos curar.O mundo está precisando evoluir na velocidade das construções na China.Vivi Ame.

Encontrei Iemanjá e tomamos um gin.Sentadas, só eu e ela.E...estávamos longe do mar.Não duvidei e nem considerei ser fake.Ela me deu a letra:A honestidade emocional é um perigoso sentimento.MUITO CUIDADO....qando faço uma retrospectiva dos anos vividos percebo como foi determinante dissecar sozinha milimetricamente as emoções, desde a infância. Sempre penso na sabedoria em brecar na curva, diminuindo a velocidade ou acelerar com segurança para não capotar.Acelerei quando o assunto era eu.Brequei todas as vezes que calei para não ferir alguém. Por mais incrível que pareça, hoje eu acho que saber a hora de puxar o freio de mão é o mais corajoso dos atos.A honestidade emocional é perigosa porquê você não se trai.Sim, errei.Muitas vezes.Mas nunca achei desproporcional a altura dos meus tombos.As emoções são como ondas.São influenciadas pelo humor do mar e pelo cio da lua.Tenho cuidado e respeito pelas emoções.Mas...apesar de desajeitada, eu aprendi a surfar nas minhas águas internas.Não duvidei do discurso.Apenas descobri, Iemanjá dentro de mim.Sendo honesta em não me trair nem mergulhando na dor e muito menos regulando o êxtase. Nenhuma desculpa.A língua é uma espada.A boca é uma rosa.A Iemanjá tem silêncio para me fazer ouvir sua voz.A fonte do meu vocabulário não é empréstimo alheio.Vivi Ame...Viviane Mendes.

O que torna o arco íris especial é ele não estar disponível todos os dias.Diariamente, temos uma aquarela para contemplar.Hoje, eu vi nuvem esfumaçada com pinceladas em tons de carbono e púrpura. E, no pincel só um pingo de laranja se diluindo na composição. Todo fim de tarde uma arte para carregar nos olhos.E, todo amanhecer, uma possibilidade de fazer acontecer. Vivi Ame.