quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

A MELHOR RECEITA DE BOLO:Foi agora pouco, quase terminando o ano, que eu descobri a receita.Nada vai ser como antes...inda bem....fazendo uma análise dos fatos, muitas vezes percebemos que não estamos muito bem resolvidos com algumas coisas.Muitas vezes algumas amarras nos travam o passo.E...palavras engolidas se transformam em um disco riscado dentro de nós.Se concentrar em fatos passados é um olhar pelo retrovisor do tempo.Olhe o que tem na frente, de peito aberto e encare as feridas de seu coração.O único caminho que eu conheço para isso é percorrer o rastro das emoções e sentimentos que o caminhão desgovernado dos fatos deixou pela estrada da nossa vida.Perceba.Olhe de frente para as tristezas, ranços, mágoas, decepções.Observe também o que te deixou em paz.Muitas vezes o outro não tem a intenção de nos ferir.Ele apenas age no nível de entendimento e na sintonia que ele se encontra.Assim como nós.E cada um ouvindo uma música diferente, fica difícil acertar na coreografia, né?O entendimento pode ser terapêutico.E...apesar de eu estar com minha verdade, eu me questiono diariamente sobre a legitimidade da mesma.Sendo assim...nesta busca, acredito que eu e cada um de vocês buscamos a libertação e a felicidade.Precisamos estar atentos.Não adianta querer pintar um quadro com um restinho de tinta ressecada e vencida no fundo da lata.Precisamos renovar as tintas, limpar os pinceis...recarregar os cartuchos...A vida é movimento...se aproximar ou se afastar de pessoas e situações requer equilíbrio, discernimento e um profundo comprometimento com nosso propósito de vida.Porque para não julgarmos e condenarmos o outro, é necessário estarmos bem curados de nós mesmos.Desejo um 2018 com representatividade quantitativa e qualitativa na sua vida.Eu também estou em busca disso.Vivi Ame..... Viviane Mendes

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Eu demorei para entender isso:Relacionamento é um caminho florido.Nossos relacionamentos são um poderoso instrumento de aferição.Acredito que é a única maneira de confrontarmos nós mesmos.Atraímos e repelimos pessoas.Chega um momento que não enxergamos a pessoa física....só percebemos a qualidade do espírito que habita aquele corpo.Sabe aquela frase:''Diga-me com quem andas que direi quem tu és''Eu demorei muito pra compreender.Meu espírito questionador precisa da comprovação por meio da experiência para acatar a ''verdade''.Estamos todos imersos em ilusões, sob o véu da vaidade, do orgulho e distorções da realidade.Para saber de uma pessoa procure saber das relações dela.A relação com os pais.A convivência com os filhos.A existência de um parceiro sexual ou afetivo.Como ela se comporta na adversidade, e só nos relacionamentos percebemos o ambiente adverso.Estando só podemos nos distrair....somos mestres nisso.A nossa demasiada identificação com a personalidade nos faz temer as relações.Então fugimos.O outro é um espelho que nos desafia a encararmos nossa habilidade em transmutar.Esse espelho não permite distorções.E a realidade muitas vezes é assustadora.Através do outro e pelo outro iremos crescer.As relações profundas, onde existe verdade e entrega é um poderoso esmeril para o espirito.O ato de amar é a mola propulsora da cura....em todos os níveis.E a cura é o desabrochar de nossa essência.Vivi Ame....Viviane Mendes

sábado, 26 de dezembro de 2020

Chega no final do dia, 2 Smirnoff ice, só pra tirar a poeira da garganta... me limpa os chacras e desbloqueia os meridianos.Algumas constatações:A faxina pesada faz bem pra minha cabeça...Meu guarda roupa, dá medo.Minhas roupas não conversam entre si.Parece que eu vivo numa outra época...sei lá.Tem roupa que parece figurino de novela de época.Tenho 5 corselet.........dus bons.Saia longa que num acaba mais.Blusa branca encardida, eu contei 3.....Vanish vai comer solto nessa semana!Blusa preta com pelo grudado, tem um punhado.Uns vestidos estranhos.Minha meia arrastão rasgou.Vou comprar outra, tenho tesão em meia arrastão.Os dins tão apertados, mais vou esmagrecer um pouco.Azbota tão tudo em ordem.Pensa numa pessoa que tem baruio de bota na cabeça...As meias são tudo preta.Odeio lavar meia branca.Bateu a fome.Pouca coisa na geladeira...mas me virei.Repolho roxo refogado com ovo, farinha de milho e queijo parmesão, diga se de passagem, faixa azul.Pra falar o portuguêis bem claro:Tenho nojo de ovo...num suporto o cheiro.Mai comi...com gratidão.Comida a gente tem que comer sempre com gratidão.Vou contar uma coisa:Quele sabonete que eu trouxe de Marselha limpa a pele que dá gosto.Tomei banho com ele e aproveitei e lavei meu óclinho de leitura.Ele ficou tinindo.Separei lá uns livro...mandei botar uma luz forte no abajour pra leitura.Vou lá...Aqui no face eu vejo umas coisas...tenho vontade de escrever uns comentários pro bem da pessoa, entende?Se tivesse mais Smirnoff acho que eu até arriscava.Mas a seco num dá.Escolho num seguir, fazê o quê???Nêgo bate numa só tecla do piano.Credo.Vai ficar lá acarinhando os traumas, dores, doenças e num vai mudar.A compensação disso deve abastecer de alguma forma.Não que eu seja a gostosa e bem resolvida do pedaço.Eu que gosto de ouvir a sonoridade do silêncio, fico aflita...Tanta tecla pra apertar...E fica só no dó.Dó de mim.Dó de mim...Tenha dó de mim.Eu eu pego ranço.Sou o retrato cuspido e escarrado meu guarda roupa:Comigo a coisa num é de comprido....é de atravessado!Boa noite amiguinhos.Viviane Mendes

Eu sempre vou te desejar o silêncio da minha rua e o creme de milho da minha avó Eugênia, que eu chamava de Tatinha....esta um silêncio aqui na minha rua.O mesmo silêncio que esta dentro de mim. Eu penso:Então é Natal.A gente escuta isso desde criança.Aliás, para mim ficou a lembrança do arroz e creme de milho que minha vó fazia.Era o melhor do Universo...E os presentes...Minha avó tentava disfarçar que eu era a neta predileta dela.Me dava presentes escondidos das ''priminhas''.Ela achava que eu merecia mais por meu pai ter morrido cedo.E eu, desde criança observava as coisas.A inveja egoísta das priminhas e o julgamento implacável dos adultos.Minha vó seguia o coração.Eu cresci neste cenário.Cresci e comecei a questionar a tal data que eu ganhava presente escondido.Natal, o ''nascer Cristo em nossos corações''. Comecei a entender que isto não pode se resumir a apenas uma data no ano.Porque se Cristo nasce em nosso coração, ele não morre.E isto se prova na pratica diária.Cristo vivo em nosso coração torna a vida uma oração.Pensamos antes de falar.Questionamos o que comemos.Percebemos o outro.Nos tornamos conscientes.Administramos nossas carências.Domamos nossas expectativas.Nos salvamos de nosso estado egoico...Nos tornamos honestos de coração como minha vó era.Só que neste mundo de papai noel, árvore de Natal, ceias fartas e palavras vazias, essa honestidade custa caro.O real significado do Natal, que é o nascer de Cristo em nossos corações é uma construção pessoal, individual e intransferível.Te desejo verdade e responsabilidade para fazer sua reforma íntima.Corrija seus erros.Se ame, e se construa diariamente.E...se for necessário, faça a demolição do que deu errado.A única pessoa que você pode salvar realmente é você.Você pode ajudar o próximo e deve fazê-lo sempre que possível, mas ninguém poderá salvá-lo de você mesmo. Te desejo o silencio interior de minha rua, para que você ouça sua mente e que tenha autonomia para sintonizar na paz.Te desejo a honestidade de minha vó, que seguia o caminho do coração. Eu,fico aqui com a vontade de sentir o sabor do arroz e do creme de milho que ela fazia.Feliz Natal!Viviane Mendes

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Eu não mando recado, eu ilustro o bilhete:O ano novo só será novo se nos renovarmos.Uma pequena reforma íntima, mesmo que ínfima. Investir em si mesmo é muito além do que buscar curas e cuidados com a aparência.Ser nosso melhor amigo requer muita maturidade para nos avaliarmos constantemente...principalmente quando somos cobrados, agredidos ou contrariados.Saber se expressar é muito mais do que dizer.Falar é verbo.Quem está confuso reage.Quem tem serenidade,age.A diferença está na intenção de se defender de algo ou comunicar algo.Toda palavra escrita ou falada é uma assinatura.Propagamos constantemente a energia na qual vibramos.O novo só acontece se abandonarmos padrões de conduta que não servem mais.Hábitos alimentares que não nutrem. Condutas sem disputas...porque quem quer ganhar, já é um perdedor. Olhar para o outro com a mesma complacência que olhamos para nós mesmos.Respirar fundo em momentos de relaxamento não tem o mesmo mérito de respirar fundo em momentos de ira.Penso que a identificação com tudo só acontece se esse tudo existir dentro de nós.O cinismo nos coloca no papel de palhaço.Indiretas nos coloca como adversários políticos.Saber se colocar e se retirar, falar ou calar, é uma batalha que acontece o tempo todo dentro de nós.E, quem se auto observa tem mais ferramentas para identificar o que é nocivo.Afinal, se observar, não é uma vaidade.Se observar no lago ou no espelho é perceber que o que vemos fora está vivo dentro de nós.Esse é meu desejo para o próximo ano.Esse bilhete é para mim mesma...afinal de contas, sou minha amiga secreta.Viviane Mendes

Ela tinha uma habilidade incrível para me fazer sorrir...Era quase uma afronta eu rir diante da honestidade das lágrimas....na rodoviária de São Paulo, ela com câncer avançado.Tínhamos ido fazer uns exames...demos um rolê lá pela 25 de março, compramos 2 colares indianos, um preto e outro azul, hoje estão dependurados na parede verde esmeralda do meu banheiro. Isso foi em 2007.Feliz pela compra, fomos de táxi pra rodoviária. Falei:...mãe senta aqui que eu vou ali comprar as passagens.Ela estava fraca, mas espírito forte. Comprei o bilhete e encontrei ela de prosa com uma moça que também vinha para Bauru.A moça sem mala carregava apenas um pote. Um pote com as cinzas da mãe. Fala sério??? Eu ali sabendo que minha mãe estava quase entrando na fase terminal....Entramos no ''Expresso de Prata'', eu e minha mãe com sacolinhas fajutas da compra na 25....e a moça com a austeridade do pote.Eu evitava olhar pra moça, se ela me olhasse nos olhos ela ia ver minha dor...Era meu espelho, um futuro que já me capturava e me agarrava pelas pernas.Minha mãe usava peruca.O cabelo que ela amava a quimio já tinha derrubado.Modéstia a parte, fui muito competente em ter encontrado uma peruca idêntica ao cabelo da minha mãe. Tava calor, o ar condicionado deu pau....a moça com o pote de cinzas da mãe. Minha mãe resolve tirar a peruca, assumiu a careca e tirou onda com o moço que passava no corredor.Ela acariciava a peruca como se tivesse com um cachorro peludo no colo.Ela se divertia com o olhar curioso do homem.Num banco a moça silenciosa com as cinzas... Minha mãe nesse teatro...Eu sem saber se estava num drama ou numa comédia, a vida real sempre foi minha arte preferida.Mas...eu queria encontrar essa moça, olhar, abraçar e chorar.Chorar um choro atrasado feito fome de nordestino.Tem choro que não tem fim.Vivi Ame.

20/12/2019O Natal batendo na porta.Eu não abro não.Não acredito no que vejo e nem me emociono com os sinos.Desculpe, a sinceridade, mas acho que o mundo é um projeto condenado a demolição.Logo, eu falando isso?Cadê a Vivi Ame?Sério...não tem como isso dar certo.As pessoas são muito diferentes.As consciências extremamente distintas.O mundo é muito desigual.Viver aqui em família, em grupos, em comunidades é estar constantemente participando de uma rinha.A gente se defende e agride por qualquer motivo.Se não é do meu partido, se não gosta da cor da minha blusa, basta para estabelecer o divórcio litigioso no relacionamento.Precisamos muito de decoração natalina.Presentes, comida farta e bebida.Precisamos de remédios faixa preta e drogas faixa branca.Esse é nosso yin & yang moderno, atualizado com sucesso.Olha a natureba aqui, fazendo apologia as armas de destruição em massa!Sem isso a gente não se suporta.Se for parar para pensar, todas as religiões, por mais antagônicas que sejam funcionam como um freio para deter a besta que existe em nós.Apesar de toda violência, um certo temor a Deus nos mantém equivocados, adormecidos e principalmente, sob controle.As frustrações, mágoas, ansiedade e dores transbordam nosso nível de stress.Meus amigos, se a gente pudesse comprar endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina!!!Né???Na unha, no facão e no cabo da enxada, é difícil manter essas ''inas'' em harmonia.A gente repete um padrão, geração após geração.Que grande ilusão de ano novo!Num tem nada novo no mundo...e faz tempo.Montamos um presépio na árvore para disfarçar...Sim disfarçar.O menino Jesus ao lado da vaquinha, da ovelha e...a picanha assando e o cordeiro embalado no papel laminado.E as relações humanas um amigo secreto eterno.Viver em fraternidade é um hábito que não se limita ao dia 25 de dezembro.Eu sinto o Natal com muita simplicidade.Os brilhos e adornos são internos.O altruísmo, está lá no alto da árvore de Natal.Passamos o ano todo tentando...Mas somos gatos.Gatos inebriados pelas bolas de Natal.E...quase sempre derrubamos a árvore quebrando as bolas.Não percebemos, mas Cristo, tem vários caminhos.O principal é o AMOR.Até pelos que consideramos nossos inimigos.O mundo tal qual concebemos é uma porta dos fundos que a gente tenta escapar para não ser notados por nós mesmos.A entrada principal é clara, límpida e lúcida:A necessidade urgente de embargar nossa obra.Estamos em ruínas.Entrar pela porta da frente e olhar para um espelho, é mais que chegar em casa, passar pelo hall de entrada, deixar as chaves sob o aparador e mal olhar para o espelho que apenas compõe a decoração.Nossa casa é nosso coração.Jesus, o CRISTO, vive em nós.Mas...a gente crucifica ele todo santo dia.Vivi AME

Recebi uma ligação do número (011 )21289600O moço me diz que é uma pesquisa, queria saber se eu era católica.Eu disse, educadamente, porque de manhã, tomando café com meus bichos eu fico muito fofa e meiga, que ele deveria, em primeiro lugar levar em consideração a existência do outro.Que seria mais educado ele me perguntar se eu estava disponível para tal pesquisa.Ele me diz que o procedimento não é esse.E, insiste:-Dona Viviane, eu quero saber se a senhora é católica?Como eu estava bela e formosa, sentada e com café na xícara, me animei pelo papo.Afinal, religião é meu assunto preferido.Educadamente, perguntei:-Moço, o que é ser católico para você?Ele:-Passar bem dona Viviane, não tem condições de falar com a senhora.Mas...EU CONSEGUI.Antes dele desligar o telefone, eu consegui!!!Educadamente, mandei ele ir para o inferno.Delícia....Mas, tava com uma prosa boa na ponta da língua para conversar com ele sobre ser católica, sobre a idade média, sobre Deus, sobre o movimento cátaro, sobre Budismo, judaísmo, sobre umbanda...puxa fiquei muito chateada.Tinha até pensado...arrumei um fiodedeus para conversar.O moço desistiu de mim.Mas...deu tempo, Glória Deus, mandei pro inferno.( antes de escrever esse texto eu retornei a ligação, o moço num atendeu, acho que meu wifi num conecta no inferno.)Fiquei chateada...ia se uma conversa boa, nem ia almoçar, eu tinha tanto assunto com esse moço.Vivi Ame

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Nunca fui santa.Meu gingado é mais para bordel do que para o céu....mas as senhorinhas confiam em mim.Sua mãe, sua vó...ou sua tia, senhoras que guardam no fundo da gaveta, ou de um baú, suas relíquias.Essas senhorinhas que guardam o botão por precaução.O retalho do vestido, no caso do esgarçado.A linha que já saiu de linha.Essas senhorinhas me veem como a guardiã de seus bordados.No mundo do pouco feito e tudo comprado, sou aquela que tem a missão de dar nova forma para o que é descartado.As senhoras, avós, benzedeiras, só me olham...nos meus olhos elas sabem do meu jardim.Puxam assunto com silêncio e malícia por comungar do mesmo relicário.Aqui, não tenho as plantas que fazem a moda da jardinagem contemporânea.Eu quero saber qual planta tem afinidade para suportar morar perto do pé de arruda.E se eu arrancar a muda, se ela vai vingar longe do meu altar.Existe em mim uma missão secreta em perpetuar tudo aquilo que não tem mais lugar.Entre miçangas, lantejoulas, botões, retalhos, vidrilhos, encontro talvez o brinco que perdeu o par.Foi guardado para um dia, se transformar em um detalhe e viver, sendo só.Como as viúvas que se reinventam fazendo dos braços do neto seu colar.Um pedaço de renda do vestido de noiva.A renda amarelou o marido morreu.Como tudo que é vivo, esse é o ciclo.Mas...as senhorinhas me dão, como que em forma de oração.Sou a santa que transforma o relicário afetivo que ia para o lixo em arte.Tudo que chega até mim, envolve a confiança e a esperança de que eu eternize a energia de suas memórias.Lembranças que consagram um passado sagrado neste mundo profano.Realmente, isso é coisa de Santo!Vivi Ame

Queria pintar a realidade.Não tenho tinta.Só posso sonhar...Com todos os pitbulls resgatados aqui no meu quarto.Queria que as forças divinas que me mantém viva agissem de modo que eu pudesse cobrir cada um deles com luz.Que a ferida aberta e o olhar apavorado pelo medo, deixassem apenas cicatriz e não o destino roubado por demônios. Que eles conheçam o amor que resgata e cura.Penso que os cães assistindo seus algozes sendo torturados, ainda seriam capazes de proclamar a máxima de Cristo na Cruz:- Pai perdoa, eles não sabem o que fazem.Acho que os animais são capazes desse comportamento crístico. Eu, não.Eu preciso respirar fundo e aprender com os animais a ser gente.Digerir esse retrato do ser humano é de revirar as tripas.Ouvi o vídeo onde o policial diz que o ser não nasceu.Foi parido pelo cu.Concordo.E digo mais, o inferno está aqui do nosso lado.Os seres demoníacos são filhos da sombra.E a sombra não tem útero. Não são filhos da luz.Acabou.Os cães saíram do cativeiro.Mas...os demônios vão permanecer no local que os atrai por afinidade:O inferno.Ainda bem que existe as trevas para acolher seus filhos.Na luz vão morrer cegos.Cegos por não saberem sobre o amor.Essa rinha teve vencedor.Todos os cães venceram.Até os caes mortos venceram.Quem perdeu está vivo e condenado a prisão perpétua por sua desumanidade.O inferno é real e justo.Os cães merecem o paraíso. E o paraíso é toda vibração de amor e luz que emanamos para eles.Que possamos aprender com Cristo e com os animais a ser dignos e capazes de amar.Desejo que o homem não seja nosso espelho.Vivi Ame.

Discorda de mim?...era um bairro tão longe.Mas fui.A costureira esta fazendo um vestido para mim.Na calçada tinha uma árvore tão cheirosa....nunca tinha visto nada igual.Num momento de emponderamento vaidoso e egocêntrico, cheguei a pensar que eram anjos me rodeando...fadas talvez.Afinal, tóxicos são os outros, né?Eu sou a senhora encantada do lago, aquela que seduziu Merlim, a mais importante sacerdotisa de Avalon.Para quem leu as Brumas de Avalon, sabe de que Viviane estou falando.Bem...Num caminho longe, eu saio de mim e sumo com meus pensamentos.O carro segue seu rumo com um robô no volante.A extrema lucidez ainda me fascina, apesar de que momentos de dor e perda, me tiram o apetite.Eu como para não morrer de inanição.Mas...a comida num pode ter gosto.Antes era mais legal, morria um cachorro eu emagrecia de 5 a 10 quilos.Agora sinto o peso da idade no metabolismo mais lento que a evolução humana.No máximo, o jeans fica meio larguinho.Que merda, nem pra isso a morte dos meus cachorros serve.A única vantagem que vejo em enterrar entes querido é que o outdoor anunciando a brevidade da vida fica mais luminoso.Fui no mercado com a missão de comprar comida sem gosto.Afinal morrer de fome e deixar minhas 3 vira lata e um bando de gato pros outros cuidar num me parece digno.Planejei uma massa, sem molho.Afinal, tenho que ser coerente com meu sofrimento.Um azeite talvez.Mas....................senhores e senhoras,Uma massa italiana e um azeite caro.Bem caro!Eu conheço o sabor e sei que ele é bom.Comprei.Respeitável público:A vida é inadiável.Depois, é uma coisa que não existe.O hoje é urgente.Urgente!!!Vivi Ame.

...eu acordava meio dia....Não tive tempo de ter a inocência infantil.A realidade emocional se impôs com autoridade.Não tive tempo para festas na adolescência.As responsabilidades afetivas caíram no meu colo.Saia mais cedo da escola, matava aula para ajudar minha avó a subir a rua íngreme com o carrinho de feira.Ela tinha a coluna torta, perdia o equilíbrio e caia na rua.Pele fininha, ficava toda machucada.Eu escapava da aula para evitar esses acidentes.Minha avó era onde a vida me dava uma trégua. ...sempre foi.Mas...não tive tempo.A gratidão por ela me fazia acordar meio dia.Acordava na hora do almoço porque eu levantava inúmeras vezes na madrugada para ajudar ela no banheiro.Ela caia.Perdia a noção, queria ir para a rua.Eu, ajudava ela a escovar a dentadura e com paciência tentava convencer que ainda não era dia.Ninguém sabia.Fiz em silêncio... e meu amor se converteu em atos.Fui neta.Além dos vínculos familiares, foi a gratidão que fez eu lhe preparar o jantar, descascar a ponkan e comprar no mercado a bala de leite que ela gostava.Acho um luxo quem corre atrás dos seus sonhos.Eu não tive tempo.Cada pincelada que eu dava eu pensava que eu precisava arrumar dinheiro para pagar a pesada prestação do consórcio do carro.Num tive tempo de sair para arrumar namorado.Por não sair, conquistei a fama de um certo "ar blasé"Parecia que eu era auto suficiente demais.Eu tinha meus horários alinhados com a idade da minha avó. Ninguém sabia.Mas...Eu, não me fiz sozinha.A vida me segurou as pernas.Não corri atrás dos meus sonhos porque eu nem sabia o que era sonho.Eu dormia acordada.Levantava tão assustada com os tombos da minha avó que eu "apagava".A vista escurecia...Caia no chão por alguns segundos, me recuperava e erguia ela.Assim foi.Pequenos desmaios no chão de taco do quarto.Ou no piso verde do banheiro.Nunca teve tapete para evitar dela escorregar.Entretanto sempre teve algo entre eu ela que amortecia as quedas e os golpes da vida.Demorou para eu saber que era permitido dormir uma noite inteira.Depois que me mudei para cá, ainda tive dois pequenos desmaios ao acordar no meio da noite.Aos poucos fui me desvencilhando do passado.Não tive tempo.Mas sempre tive gratidão. A arte, sem estudo, me veio de brinde.A vida, meus amigos, é justa.Hoje, eu tenho tempo para sonhar.Mas...virei gente antes.Isso, eu confesso:Acho um sucesso!Num tive tempo, a verdade é essa.Tive realidade demais.Vivi Ame...Viviane Mendes

domingo, 6 de dezembro de 2020

( ...de boa, cêis nem precisam ler, é só uma conversa com o homi lá do céu)Assinei um contrato com Deus.As cláusulas são um desafio constante na minha vida.Tenho pensado na RESPONSABILIDADE desse documento que não foi registrado em cartório.Sendo assim torno esse instrumento público.Mesmo porque foi outorgado pelo coração....e lavrado pela alma.No meio disso, me reviro nos entremeios de meus pensamentos.Lá vai...senta que vem conjecturas duma artista que não se limita as pinturas:Além de nossas responsabilidades cotidianas...Quando alguém te conta um problema, como você reage?Faz algo? Se importa?.....mede as consequências?Ou pensa:'' Isso não é escolha minha, então não me pertence''O que te pertence?Você tem esse poder de escolher.Isso me atinge,aquilo, não.Tipo:''A minha parte eu faço cos lá de casa...não tenho tempo e meu dinheiro não é pra isso''.As responsabilidades são tantas...a gente é responsável pelo que nos toca a alma.Se ajudo um gato sarnento, é porque ele me toca, então é responsabilidade minha.Não posso cobrar a responsabilidade do outro.O outro não é tocado pelas mesmas coisas que eu.Tenho responsabilidade em ser cuidadosa para não ferir o outro.Me importo com gente que escolhi não compartilhar a vida.Muitas vezes é preferível calar nossas verdades, porque o ''outro'' não está no mesmo nível de consciência moral, mental e emocional que eu.Esse calar ou falar gera responsabilidade.Cada um orbita um universo... e a percepção de cada um não anula a legitimidade do outro.Procuro ser responsável com Deus.Sei lá quem é Deus de fato, mas tenho um compromisso com ele.Quando as condições são adversas, manter a integridade com um adversário é responsabilidade dum contrato invisível que eu assinei.Procuro honrar essa cláusula...Dou umas escorregadas.Dou umas gargalhadas...Mas, o papo é sério.Tô ligada que dou umas faiada...Vou melhorar, Senhor Deus...ainda engatinho.Caio nas ciladas como um patinho.Quando eu crescer e virar gente grande quero ser digna de mim mesma.Afinal, é dentro de mim que te encontrarei.Viviane Mendes