sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Foi assim que se sucedeu:...eu tinha a pachorra de ir numa churrascaria e pedir uma porção de coração de frango.Adorava costela com limão rosa.Comida temperada...bacon, salame e todo o resto.A mudança veio aos poucos...com a consciência.Quando eu era criança via minha vó de Timburi, matava galinhas.Ela cortava o pescoço e tinha um gato amarelo que ficava esperando o sangue escorrer para ele lamber.Algumas vezes a galinha escapava e saia correndo com o pescoço dependurado.As outras galinhas ficavam assustadas.Eu vi matar porco...e ele gritar.E, eu comia.Cresci e continuei comendo.Um dia fui expor numa feira na vila Madalena em SP, minha localização era na frente dum açougue.Me lembro do cheiro...A carne crua cheira morte.Mas...continuei comendo.Um dia fui numa churrascaria do Rio Grande do Sul com meu marido...O garçom, falava:-''Galeto, senhora?''Eu: ...sim, mas pensava no frango.Passava o cupim, eu traçava.Mas pensava no cupim do boi que eu via no pasto.Comi...enchi o bucho.Com a pança lotada fui ao banheiro pra passar uma água na boca....pra tirar a gordura da carne.Vomitei...tudo.Nunca mais na vida comi carne.Meu marido pagou o rodízio que eu deixei na privada.Fui dormir com fome.Algo aconteceu.Meu corpo rejeitou aquilo.Eu entendi o que era energia.A carne vem com todo medo, dor que o animal sente neste processo.Eu não era mais refém do sabor.Me libertei porque senti que eu não tinha afinidade com o processo todo que envolve um churrasco.Isso muda tudo na vida.Entendi o significado da palavra CONSCIÊNCIA....esse caminho não tem volta.Comida é energia.Minha vit B12, vai bem, obrigada.Meu hemograma tá bom, obrigada.Não tomo nenhum remédio.Infelizmente de vez em quando como um pedaço de peixe.Tenho vergonha de mim nessas horas.Mas...respeito meu processo.Não sou melhor do que ninguém.Estou descobrindo eu mesma o tempo todo.Tenho interesse em me auto observar...E vejo em mim a hipocrisia.Tenho asma...sei o que é falta de ar.Penso no peixe...mas como de vez em quando.Sei do meu tamanho...ainda engatinho.Sei que ter consciência, dói.Estou no caminho.....sei onde quero chegar.Viviane Mendes.

Me diga, como estão as coisas com você?Emagreceu?Normalizou o hemograma?Tua grama cresceu?Parou com queles remédinhos?Cê tá dormino de noite?E os intestino, tão em ordinha?Teve coragem pruma atividade física?E a novela, cê tá assistindo?...ou só critica quem assiste?Tá devendo pra alguém, além do banco?Consegue administrar o açúcar?Ou se atira nos doces?E o álcool, tu sabe a hora de parar para evitar a embriaguez ?De noitão, na cama cê fica de boas, ou fica pensano merda?Fiarada...cêis tão cuidano dos cêis?Ou só tão observando, julgando e criticando ozotro?Podemos fazer algo????...ou a única maneira de fazer é criticar quem faz?Penso que o não fazer é uma ferramenta poderosa para criticar quem faz.Muitas vezes fazemos dum jeito torto.Por inúmeros motivos acaba saindo imperfeito.Quase sempre falta o material que gostaríamos de ter.Erramos.Não conseguimos atingir a perfeição.Porém esse ''errar'', só acontece com quem faz.Quem faz, quer fazer...dum jeito ou de outro.Quem não faz, num erra.Quem faz, faz na unha, no facão...Que num faz, num faz pra num lascar a ponta da unha ou pra num ter que lidar com a imperfeição.Quem não faz fica observando as ferramentas que cada um usa pra podar o matagal.Queimar o bolo, bater o carro, derrubar a tinta, ser criticado, dar cos burro na água, enfiar o pé na jaca, cair no desespero, trupicar na favela ou sair avoano pela janela.Tudo isso é normal para quem se mete.O que me mete medo é a normalidade do que deveria ser insólito:O hábito de diminuir o outro.Que ilusão!Ninguém cresce assim.Viviane Mendes

Meu avô materno bebia e tinha amante.E minha avó trabalhava.E...se orgulhava de trabalhar.Trabalhava feito condenada, e não se permitia prazeres.Fazia sabão em pedra e dizia que azmulheres eram umas folgadas...que tinham inventado o sabão em pó e essas biscates tinham preguiça de esfregar o sabão na roupa.Cresci ouvindo isso.Minha mãe dava 40 aulas por semana.Dava aula em Itapuí e em Duartina de noite....eu criança, ficava rezando para ela não morrer de acidente de carro.( era meu modelo, meu pai morreu assim)Cresci.E ia visitar minha mãe...ela se orgulhava de me contar que tinha esfregado o rejunte do banheiro com uma escova de dente velha.Eu, tonta e besta, repeti por muitos anos esse modelo.Só tem valor quem se mata de trabalhar.Num me permito dar uma deitada no meio da tarde, nem tando doente.Acreditem, até hoje eu me questiono se ''dei certo na vida''.Como pode uma pessoa viver sem horário?...sem chefe?...sem holerite e sem bater cartão?Sair fora do modelo, tem consequências.Extirpar do DNA a culpa católica é trabalho para Hércules, aquele meio homem, meio Deus.Remodelar nossas crenças não é tarefa fácil.Eu num vim pro mundo pra brincar em serviço.Segunda Feira:Abri um Prosecco, fiz meu Aperol spritz, tomei sol, botei um som na vitrola, passei óleo de coco no corpo.Agradeci meu corpo, perfeito em suas funções.Imperfeito para padrões estéticos.Entrei na minha piscininha de plástico de 128 reais e mentalizei que eu não vou repetir o padrão de meus antepassados.Isso é um decreto....poderia ser secreto.Mas... sou de papo reto. A foto?...deu merda.-Cêis acham que eu consigo equilibrar uma taça com os pés?Caiu tudo na água.Lasquei-me.Mas sou sereia, mergulhei.Viviane Mendes

Será que sou uma melindrada?Eu tenho pavor!...sempre me questiono, muitas vezes nos transformamos no que mais temíamos.São aquelas pessoas que depositam uma expectativa e esperam que você devolva com juros e correção monetária.Não tem maturidade para ir além do jardim da infância.Acusam o outro por pensar diferente.Falam e não dizem.Na verdade, dizem mais sobre si próprios com atitudes mimadas e egoístas.Fazem bico, cara feia, fazem joguinhos, excluem e bloqueiam.Não existe conversa se você não corresponder as expectativas dele.A pessoa te admira e te detesta num passe de mágica.E tudo é uma construção pessoal do melindrado.Heróis se transformam em bandidos...Eu, tento não ser assim.Quando me pego nessa emboscada, eu mudo a rota.Tenho ojeriza de melindres.Tipo:''Não curte nada meu, também não vou curtir.''Julgar a bolha que o outro vive como se fosse Moisés do alto da montanha.Mendigar atenção...sem considerar que o outro não está disponível.A lista é longa..........................................Essas pessoas se magoam facilmente.E se tornam uma arapuca na vida da gente.Quando você percebe, você perdeu a naturalidade do passo.Lidar com melindrados é um eterno pisar em ovos.Eu gosto de sentir a terra firme sob meus pés.Me dá segurança para olhar para o céu.O melindrado é uma pedra...que se você se distrair, te derruba.Ele precisa te derrubar....para se sentir igual.Isso não tem relação com idade, nem com posição social e muito menos com conhecimento.E, não estou dizendo que são pessoas ruins.Isso tem uma profunda ligação em sermos extremamente vulneráveis, carentes e necessitados de aprovação alheia......inerente a nossa condição humana.Em algum momento, já era.O melindre já salgou a comida.Viviane Mendes

Tem horas que eu fico pensando que a gente é tudo besta.A gente fica aqui no face olhando a vida dozotro.Que propósito tem isso?Tem dias que eu me questiono muito...O feed de notícias é uma praça pública.A gente desfila para chamar a atenção, mostrar a roupa nova, paquerar, compartilhar alguma boa ideia e até desabafar.Tem hora que eu acho tão estranho esse negócio...e pior, eu deixei me pegar.São nossos interesses privados expostos numa avenida de mão dupla.Esse trem é viciante...e a vida inteligente que existe dentro de mim, fica martelando:Como? Porquê? Eu fico abismada com as pessoas e comigo mesma.Eu vivia sem face...só tenho 2 anos de rede social.Eu me consolo dizendo para mim mesma:O mundo mudou, hoje é raro a pessoa bater aqui para ver os quadros, ela me pede as fotos das obras disponíveis.Eu vendi quadros por aqui, na comodidade desse teclado.Achei cachorro e dono de cachorro perdido...Em alguns momentos encontrei postagem que eram as palavrinhas mágicas que eu precisava ouvir.Mas...por qual motivo eu escrevo?Fico pensando...será que interessa a alguém?Além de mim mesma?Pensamentos, devaneios, conjecturas de uma artista...Ficar aqui, compartilhando minhas impressões e ''achismos'' da vida.Será que serve para alguém?Talvez meus textos sirvam de companhia para quem pensa igual, ou sirva de reflexão para quem sinta muito diferente.Mas...de tudo...de tudo, o que importa é SENTIR.E esse sentir é uma ponte invisível que nos liga.A gente pode sentir escondido dentro de uma trincheira, protegido de julgamentos, de críticas e de inveja.Essa trincheira muitas vezes é um fake.Tem gente que tem a pachorra de ler todos meus textos e nunca apertar o botão de curtir, pra num me dá moral.Ou pra disfarçar, e não demonstrar que perde tempo com facebook.Mas...dentro da trincheira a gente fica encarcerado em si mesmo.Tudo fica maior do que é.A gente hiperdimensiona a batalha.A ponte nos permite seguir, muitas vezes não sabemos o que vamos encontrar do outro lado...mas a vida é um constante seguir em frente.Na trincheira a gente pode não levar tiro, mas esse buraco cavado na terra pode acabar se fechando e morreremos soterrados pela ''proteção''.Sabe aquele papo de que casa limpa demais, sem sujeira, desinfetada pelo álcool, sem pelo de bicho causa enfraquecimento da imunidade? Então?Daí...tenho outra questão:Público só o texto, ou ilustro com uma foto?O apelo visual...o próprio nome diz...''apelo''.Sim...eu rezo, eu rogo, imploro, ajoelho...e apelo se preciso for.Viviane Mendes

domingo, 17 de novembro de 2019

Sobre minha velhice e a interpretação :Não sei quanto tempo vou viver, nem quando vou morrer...Talvez fique velha, caquética, mãos tremulas, rosto enrugado, tipo maracujá de gaveta, a boca parecendo uma tampinha de garrafa, e, eu ridiculamente insista em passar batom vermelho...borrando tudo e ficando com cara de palhaça.Peço que eu consiga interpretar.......................Talvez, meu desejo sexual, já extinto...ainda teime em aparecer, se eu usar uma blusa com as costas de fora, como eu gosto.Talvez, eu fique sem noção...e faça xixi no ponto de ônibus.Peço que eu consiga continuar interpretando....................Pode ser que eu queira ir no bar buscar uma cerveja e caia na rua fraturando o fêmur...eu não sei...Talvez eu não tenha dinheiro para comprar fraldão e nem para comprar ração. ( rimou sem querer)Talvez façam uma campanha para ajudarem uma artista velha e acabada, eu não sei, eu não sei...realmente não sei do futuro.Mas quero não perder a capacidade de interpretação.....................Peço que eu tenha essa lucidez de perceber o quanto tudo é efêmero, de saber me colocar e me retirar do cenário.Peço que meu ego morra antes...ou pelo menos que ele fique mais debilitado do que eu.Peço que meu espírito não perca a sensibilidade diante das dores do mundo.E...que eu não queira aparecer ''a todo custo'' na vida de ninguém. Mas...que eu não perca a capacidade de interpretar.Interpretação de texto....como é complicado...você fala ''A'', a pessoa entende '' raiz quadrada de 9''Tem alguns letrados com coração no primário.Tem graduados com o senso crítico analfabeto.Tem doutores com deficiência de ''aprendizado''.Senhor me livre desse mal !!!E...principalmente , que eu consiga INTERPRETAR TEXTOS, OLHARES, SENTIMENTOS.Que assim seja.Viviane Mendes.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Desabafando...parte 2:Ai....como eu sofri.Nessa semana que passei lá na ilha o tempo foi a coisa mais bipolar que tive contato.Pela manhã, frio, vento...chuva.Ou só frio, só vento e só chuva.Eu vestia blusa de manga comprida e uma havaiana.Ficava pareceno quelas muié que eu vejo no ponto de ônibus.Toda vez que vejo alguém assim tenho vontade de dizer:- Minha senhora, cê num tem frio nos pé?....carça uma meia!Eu tinha vontade de por bota....tenho umas botas lindas!!!Mas quem vai pra praia e leva bota?Né???.....num levei.E....pensando bem, já pensou no trabaião de ranca a bota toda ora pra coça os pé?Deuzolivre.E co ciático meio pego?Cêis já tentaram ranca bota sem zipper lateral co nervo iniciático atacado?Então...mas, continuando:Daí, phá!...saia o sol.Eu ia pra água.Daí, phá!...ficava nublado.Ficava tremendo de frio.Daí, phá!...sol de novo.Eu me lambecava de óleo de coco.Daí, phá!...ventava.Azareia voava e grudava nimim.Eu ficava pareceno um pedaço de carne a milanesa....e assim se sucedeu.Um sofrimento sem fim...mar, cerveja boa... servida em taça gelada.Rolava um som de Jazz...muito dos bons.Porque, rapaiz....eu sou chata pra música na praia.Gosto do silêncio das ondas.Durante a semana, quase ninguém na praia...ai como eu sofri.Uma pessoa tão sociável como eu.Uma pessoa que dora aglomeração como eu.Uma pessoa que dora as muvuca como eu.Como eu sofri...cêis viro minha cara de sofrimento nas foto?

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Conjecturas sem nenhuma pretensão...eu estou onde esta meu coração.Ontem mudei minha foto de capa, esse telhado que estou é ao lado da rua onde os ataques terroristas começaram...na Place de la Republique.Duas semanas atrás eu andava por lá, exatamente nesta região... em uma sexta feira a noite. Esse dia ainda é ''bem vivo'' para mim, minha garganta insiste em me lembrar o frio que estava, mas me lembro bem do calor humano dos amigos.Estive 3 vezes em Paris,sempre no outono, nesta última vez conheci Paris, além dos pontos turísticos, andei pelas ruas, metrôs, becos, vielas, embaixo de pontes, colei meus gatos em lugares que cheiravam mijo e em lugares privilegiados ...fui eclética na escolha.Conheci brasileiros que vivem lá e parisienses.Pedalei meia noite às margens do Sena, e andei pelo canal Saint Martin...Comi bem, do menu, minhas opções eram limitadas, primeiro eu precisava entender o cardápio, e identificar o que era vegetariano, mas...experimentei muita coisa e bebi cervejas diferentes, inclusive uma que vinha com uma dose de licor de laranja.O croissant, eu confesso que vou ficar um tempo sem, era todo dia. As linhas de metrô que me causavam um ataque de asma só de olhar, já não me assustavam tanto.Pasmem!!! Não entrei numa loja, nem comprei nenhum cosmético francês.Eu vi Paris com outros olhos... Eu me senti artisticamente acolhida...............................................Me senti familiarizada, mesmo com a absurda dificuldade com o idioma.Em nenhum momento penso:Escapei.Sinto tristeza de ver o que esta acontecendo...o medo, o terror, as mortes, a dor..sim, eu poderia estar lá.Mas, não estava.Me solidarizo com os franceses, observo a comoção mundial e penso:E Mariana?Eu amo Minas Gerais!!!Essa lama tóxica são terroristas disfarçados.Dois lugares, um mesmo planeta, eu poderia estar em Paris e também poderia estar em Mariana, sinto a dor de todos.Os terroristas estão sendo caçados.Mas...e os terroristas disfarçados de lama ???Brasileiros e europeus, somos todos um.Eu estou onde esta meu coração.Meu coração é cósmico.

O lado B:...foi fotinho bonita pra cá, emoção pra lá, tal e coisa, coisa e tal...Mas vamos falar a verdade:Quiqui são queles borrachudos???Eu devo ter umas 285 picadas.Tão tudo espalhadas...Nora que desembesta coçar, começa assim:Coça uma, e essa uma se comunica com a outra, que se comunica com a outra...Nora que cê vê, a coceira te dominou.Duas mãos e deizunha num dão conta!Sei lá...duma ora pra outra, para.Alguém te diz:-Num coça que piora...A resposta:IMPOSSÍVEL.Acordo umas 3 vezes por noite...para coçar.Nos pé, é uma louuucura....meto a unha.Dá vontade de esfregar uma lixa 80.Pior que tem ora que é gostoso...Eu chego a revirar o zóio...morder o canto da boca e gemer.O tal borrachudo existe amodiquê??Só pra tormenta nóis é que não é.Ele equilibra o ecossistema...se desenvolve em água limpa.Sinal que a ilha é tudibão.E ele serve de alimentos para outros animais.A gente ta lá...de boas, bebendo cerveja.O mustico ta lá...de boas, bebendo nosso sangue.Eu gosto de falar mustico ao invés de mosquito.Concluindo:O borrachudo tem coração peludo, num tem dó de nóis.O borrachudo tem alma de veludo, serve de comida prozotro.O borrachudo sabe de tudo...aparece na pele da gente sem fazer o alarde do pernilongo.Eu tenho pele cor de canela, não é visível o estrago.Mas...as moças cor de leite, ficam com marcas de 2 centímetros de diâmetro e umas feridas...tipo assim:Parece que passou pela mão do Gael ( ...da novela)Nota:Passei os repelente tudo.Próxima vez, vou mete nos tornozelos quelas coleiras de cachorro, a tal da EXCALIBUR.E onde eu tava, bem no sul da ilha era muito longe de farmácia.Agora eu tô cumas pomadas aqui que tão me acudindo.Pronto.Desabafei....tava quesse texto entalado na garganta.Se ocê leu isso té aqui, brigadinho pela solidariedade.Tou de volta, amiguinhos.Viviane Mendes

Um texto besta:Vou falar sobre o comportamento das pessoas que NÃO tem facebook.O texto é besta porque obviamente essas pessoas não vão ler.Vocês já repararam no ar de arrogância e superioridade de algumas pessoas?Você faz uma pergunta ingênua no meio de uma conversa:-Você tem face?A pessoa responde que não tem tempo para isso.(...ou seja, você é um desocupado)A pessoa diz que num gosta dessas coisas.(...ou seja, você gosta...dessas coisas)A pessoa é educada, responde que não.Mas...............sempre acompanhado de um risinho ostentando superioridade e um olhar arrogante.(Poucos escapam desse relatório)Gente...cada um tem um motivo e cada qual com suas razões.Eu, particularmente, não tinha e não entendia o mecanismo da coisa.Até que minha ficha caiu que o mundo mudou.Percebi que o face virou um passeio na praça, como se fazia antigamente.Descobri que poderia vender quadros.Encontrei muitos donos de cachorro que estavam perdidos.O face me possibilitou me aproximar de almas que eu tenho afinidade e que tão do outro lado do mundo.Alguns vão dizer:- Não existe amizade verdadeira aqui.Olha, cada um sabe de si.Eu voltei recentemente duma viagem e passei 3 dias na casa do ''meu amigo de facebook'' num povoado surreal no sul da França.Eu conheci muita gente boa por aqui.O resto não me importa.Cada um vaza o conteúdo que tem.E...cada um escolhe o que sintonizar.A pessoa que diz que num tempo para isso, muitas vezes tem tempo para horas de fofocas sobre a vida alheia.A pessoa que diz que num gosta dessas coisas...bem, gosta de outras, e não vou exteriorizar meu pensamento, afinal de contas cada um tem um gosto entre 4 paredes.Seria elegante responder a pergunta, dizendo que não tem face sem precisar se manifestar com a expressão facial.Sabe, caras e bocas é falta de convicção na palavra.Diz que não com a boca.Diz que não com os olhos.Diz que não com RESPEITO.As pessoas são diferentes, não tem nenhum problema não ter face e não gostar, eu ENTENDO PERFEITAMENTE.Eu não gosto de leite.Detesto coentro.Não suporto barulho.Não como carne.Não gosto de doce.Me irrita luz branca.Ué???Num gostar de face é normal.As pessoas que não tem face é que não acham normal quem tem face.E esse comportamento denuncia uma pá de coisa.Seja chic no úrtimo e mais um palmo:Responda que não.Apenas isso.Viviane Mendes

sábado, 9 de novembro de 2019

09/11/2016 - Palavras de uma extraterrestre: Saudações!A nave não vai pousar e levar alguns que neste momento planetário almejam ir morar em outro lugar.O contato com seres de outras dimensões não se estabelece por necessidade unilateral.O contato se dá por sintonia.Não adianta os terráqueos imaginarem os Ets seres interessantes, a questão é SER interessante para eles.O meteoro que alguns pedem, também não resolve a situação.Morrer não acaba com a vida.Se não mudarmos nosso padrão vibracional seremos atraídos para mundos com as mesmas características do planeta terra.O espaço sideral abriga muitas raças em diferentes estágios de evolução.Talvez a nave que me visite, seja diferente da que pousa no seu telhado.A abdução não é uma solução para mazelas terráqueas.A abdução é um contato que se estabelece por sintonia.Atraímos a frequência na qual vibramos.Olhar para o céu e pedir salvação é uma atitude imatura.Revela nossa necessidade de paternalismo.O contato se estabelece de vária maneiras, muitas vezes durante o dia, em atividades cotidianas.Eles fazem conosco o que fazemos com os outros...inclusive na maneira de se alimentar.Quem precisa de sangue e se alimenta de dor e medo, atrai seu semelhante.Basta estar disponível e com um nível de consciência compatível.Parecer interessante aos olhos dos terráqueos não significa que seja interessante aos olhos extraterrestres.Eles nos rastreiam.Somos transparentes para eles.Não adianta fugir...nem fechar a janela.Quem não deve não teme.Orai e vigiai...mas com propósito e verdade de alma.SER, e não apenas parecer.Viviane Mendes

A casa da bruxa.Seria esse o título mais coerente diante dos meus pensamentos noturnos.Tem uma mata verde e exuberante no fundo.Uma floresta com cipós dependurados.Essa piscina com água de mina....sem cloro.Tudo isso cravado numa pedra grande e sólida que me faz sentir numa caverna.Estou aqui.Tudo isso e uma criança chorando, gritando e fazendo birra durante a noite.A criatividade correu solta...Pensei em jogar a chatonilda na piscina ou amarrar no cipó e ficar balançando, daí ela ia ver o que é bom para tosse.Acordo e declaro para mim mesma que basta.Vou olhar pra chatonilda e ela vai ver com quem está lidando.Desço para o café e encontro uma loirinha de cabelo crespo.Fecho a cara.A menina me dá bom dia.Fhudeu.Eu me derreti....num deve ser essa.Mas encontro uma piquinininha com lenço vermelho no pescoço. Fecho a cara novamente.Vou pegar o café e a criatura ficou me encarando de igual para igual.Phudeu novamente.A menina é encantadora e num tira os olhos de mim.Eu que achei que ela ia ver meu chapéu de bruxa maligno percebo que a menina deve ter percebido meu cocar de penas coloridas e minha estrelinha de fada.Ela está hipnotizada. Dei um sorriso meio tímido para ela.Sorri sem mexer os lábios. Só num pedi para segurar no colo porque eu sou ruim....me apaixonei pela chatonilda, mas num dou moral.Virei uma bruxa de meia tigela.O caldeirão da minha mente num ferve nem com água quente.Vivi Ame.....Viviane Mendes.

... comprei um tecido vermelho em Paris cheio de inseto desenhado para mandar fazer um vestido....acho que mulher tem que ter vestido vermelho.Bobeira minha.Trouxe sabonete de jasmim, o banheiro fica cheirando floricultura.Trouxe uma farinha de Petit Èpautre...um trigo mega especial, fiz pão e ficou um tesão.Cozinhei uns legumes agora e salpiquei ervas de Provence.Comprei um farelo de levedo de cerveja da marca Gerblé que eu adorei.Trouxe uma água thermal pra hidratar a pele.Agora vou fazer um chá de alfazema de Marseille.Esses foram os regalos que comprei pra mim.Um pouco estranho a transição...Foi tanto hotel diferente...e tanto trem.Um casaco cinza apenas.Num posso nem vê ele na minha frente.Tá lá no tanque...e joguei roupa por cima.Gostoso abrir a gaveta e escolher a roupa...puta prazer!A mala tava um furdunço.E olha que sou organizada.Eu cato pedra dos lugares especiais que tocam minha alma.Catei até um ramo de alecrim duma igreja especial.Mas...um mês refém de mala, a gente olha pro guarda roupa e dá vontade de beijar ele na boca.Aqui em casa a primeira coisa que eu fiz foi cortar uns nós do pelo do meu gato amarelo.Penteei tudo os cachorro.Fiz uma poda nervosa nas plantas.Limpei tudo.Eu gosto de serviço de casa.Tô cum monte de idéia pruns quadro......fui resolver uma parada na rua.Botei um salto.Desaprendi andar de salto.Parecia uma pata choca andando.E tou feliz da vida com meu pijaminha véio.Eu agradeço todo mundo que me escreveu dizendo que viajou comigo.Me sinto meio tonta dasveiz...sério.As pessoa escreve que gosta de ler sas coisera que eu conto.Ozoto fica me incentivando.Num tem nada que se aproveite aqui num texto como esse.Gradecida pela leitura.Viviane Mendes

Dessa vez a torre num viu minha cara.Apresento um pouco do lado B de Paris.Barcos, bares flutuantes, street art, gansos, cervejaria, por do sol cinematográfico. Conversa boa.Luz de outono para aquecer os olhos.Um pouco dessa cidade além do turismo.O ar estava fresco.Frio....sempre frio.Aqui neste local....sem muita gente, a vida respirava tranquilamente.Fui numa cervejaria que eu amei.Um cardápio respeitoso com clientes vegetarianos e veganos.Pela primeira vez eu vi um cardápio aqui na França considerando a existencia de veganos....e olha que eu tenho visto cardápio ultimamente. Quase um mês longe de casa.....fui em tantos banheiros diferentes.Cada banheiro dava um texto.Em cada rosto eu via uma história.Os semblantes dos desconhecidos uma poesia a se escrever.O colorido das roupas um quadro a se pintar.Tenho amigos aqui.E....interessante observar que a conversa engata e flui.Sem lapso temporal.Sem melindres.As trocas sinceras deixam pegadas.Uma trilha aberta para a gente ser e se mostrar como é. Esqueci que sou uma mera turista.Sem necessidade de fotografar a famosa torre.Me peguei interessada no cotidiano.Nos cogumelos das quitandas. E nas farmácias que colocam em condições de igualdade os medicamentos alopaticos, fitoterápicos, antroposóficos e homeopatia por todo lado.Muitos florais.Muita aromaterapia.Tudo disponível. Na realidade eu nunca fui deslumbrada por Paris.Está é a quarta vez que estou aqui.Tenho me interessado muito pela história da revolução francesa.Cada vez cresce mais em mim a vontade de voltar e desbravar o interior da França. Acho que este país tem um papel importante em muitas questões cruciais do mundo.Em termos de política, arte e religião. Eu fico querendo entender a vida.Tenho um profundo interesse no modo de pensar das pessoas.Principalmente em quem pensa diferente de mim.Na compreensão do outro eu me encontro.Agradeço a muitos desconhecidos que tiveram boa vontade em entender o que eu não sei falar.Até um cara que nos serviu ontem num bar e que não quis cobrar porque gosta de brasileiros.A vida são as pessoas e suas relações. A vida é para onde direcionamos nosso olhar.A vida é como lidamos com nossas dores.A vida é do tamanho do coração de cada um.Podemos nos doar ou pedir.Isso nos coloca na posição de reis ou de mendigos. Esses papéis se invertem no decorrer da vida.A vida tem seus reverterios. O repertório de nossa existência é vasto.Estive em muitos castelos....Muitas catedrais.....E tudo isso para terminar dizendo que:Nosso palácio é o momento presente....e nosso altar é o coração. Ele é um asilo.Um asilo inviolável.Viviane Mendes.

sábado, 2 de novembro de 2019

Eu sou muito mal acostumada.Estou na minha praia favorita.Bar com cozinha impecável Som absurdamente fino.Conheço os garçons pelo nome.Sempre venho durante a semana.Acho que Deus fez esse mundo perfeito para meu bel prazer.Hoje, feriado, tomei no rhabo.Num podia perder a rima.Eis minha sina:Cheio de gente.Gente que permite ver minha arrogância. Todos querem um lugar ao sol.Inclusive, eu que estou aqui bela e formosa degustando um suco de tomate maravilhoso com uma Esrella Galicia.A gente é meio tudo igual, as pessoas chegam, não tem mesa e a gente fica meio putinho.Numa dessa, nada me resta, a não ser reparar no menino branquelo que o pai deixou fazer uma tatuagem de hennaAliás a prosa do cara da tatoo, é assim:"Faiz 2 é o nome da sogra é de graça."A barriga da gente é duro manter em ordem, né?A gente senta e a barriga faz dobra.Até magro tem a barriga plissada.Bunda também, é um parto manter o traseiro no jeito.As interessantes eu mostro para o marido....Sempre estou atrasada, ele viu duas horas antes que eu.Tem umas crianças branquinhas, que os pais cobrem com protetor e eu num sei se é criança desencarnada que saiu da tumba e veio para praia.As tatuagens do povo também é duma diversidade digna de nota.Vai de Jesus Cristo, passa por gnomos é chega no símbolo do Corinthians. Chegou uma branquela de biquíni feio aqui do lado falando que a água está gelada....provavelmente nunca enfiou os pés na mar da praia do Rosa em Santa Catarina. O Anonio, garçom, salvou a vida.Arrumou uma mesa de frente para o mar.E, fez um sinal pro cara de sunga azul e cheio de espinhas nas costas para ele abaixar o som da caixinha que ele estava ouvindo.Esse xarope é pior que eu.Acha que o mundo é dele, feito para ele ouvir o som sofrível e o resto da praia também. O António, garçom é um gentleman. Vou entrar no mar.Se você leu isso até aqui, por amor a Javé, não seja o cara de sunga azul.O sol nasce para todos.Mas o som do mar deve bastar....tem gente que não entende nadaEu não tenho como explicar.Irritada, sou um caminhão FNM desgovernado. A cachorra raivosa aqui tava pensando em técnica, tipo chacoalhar a canga cheia de areia perto dele.Mas, num trouxe canga.Yes tem um cara vendendo....mas me livrei de ser Malévola. ,Ainda bem que existe o António.A paz reinou.O mar serenou.Vivi Ame....Viviane Mendes